Após assembleia realizada na noite desta quarta-feira (20), os metroviários de Belo Horizonte decidiram entrar em estado de greve até o dia 30 de julho. Dessa vez, a reinvindicação é pelo depósito do auxílio refeição e alimentação, que está atrasado. Caso não haja acordo, há possibilidade de paralisação a partir do dia 2 de agosto.
De acordo com Daniel Carvalho, secretário-geral do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro MG), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) avisou com apenas dois dias de antecedência que atrasaria a entrega dos benefícios em 10 dias, o que causou enorme transtorno aos funcionários. A empresa tem até o dia 30 para fazer o pagamento.
“Para quem recebe os menores salários da empresa é um prejuízo muito grande porque a pessoa depende desse auxílio para, literalmente, colocar comida dentro de casa”, declarou Carvalho.
Em nota, a CBTU declarou que “tomará todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, a fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da região metropolitana de Belo Horizonte, caso haja deflagração de greve”.
Estado de greve
A entrada em estado de greve é um procedimento legal que precisa ser cumprido antes da deflagração da paralisação. Na prática, ainda não significa alterações à escala de funcionamento do modal.
A adoção do estado de greve foi definida em votação durante reunião feita nesta noite na Estação Central do metrô, em BH. Os trabalhadores esperam que os auxílios refeição e alimentação sejam depositados até o dia 30 deste mês.
Caso contrário, uma nova assembleia será realizada no dia 1º de agosto, com deflagração permitida da greve a partir de 2 de agosto. Segundo Daniel Carvalho, o método de paralisação (ou seja, as escalas de atendimento) será discutido no próximo encontro.