Um projeto de lei que está em andamento no Senado Federal e propõe punições mais rígidas para aqueles que cometem crimes e participam de episódios de violência relacionados a eventos esportivos ganhou destaque na Casa.
Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o PL 469/2022, proposto pelo ex-senador e atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), com a colaboração do deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), foi aprovado pela Comissão de Esportes e agora está em processo de análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Pacheco solicitou ao presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, que dê agilidade à proposta.
“É muito importante coibir esses atos e garantir que as pessoas vão aos estádios para se divertir, e não para praticar violência e cometer crimes brutais, que afastam os torcedores do esporte. Estamos comprometidos com essa causa, que é combater a violência de qualquer tipo”, afirmou Pacheco.
O projeto apresentado por Silveira propõe alterações no Código Penal para incluir o crime de rixa em decorrência de eventos esportivos, com penas que podem chegar a oito anos de prisão.
João Vitor Xavier, que esteve em Brasília nesta terça-feira (5) para discutir o assunto diretamente com o presidente do Senado, classificou como uma ‘epidemia de violência’ os frequentes episódios de brutalidade ocorridos no país. Recentemente, o ônibus do Fortaleza foi atacado por vândalos, ferindo diversos jogadores do time cearense. No último sábado, um torcedor do Cruzeiro foi morto a tiros durante um confronto com torcedores do Atlético.
“Esse é um tema muito preocupante para o esporte, que é a violência que tem se intensificado no futebol. Estamos vivendo uma verdadeira epidemia de violência no futebol em vários estados do país. Em Minas Gerais, já perdemos a conta das mortes. Tivemos mais um crime no último final de semana”, disse o deputado. “Só resolveremos esse problema quando as penas forem individualizadas. Chega, não dá mais. Precisamos tratar os criminosos como criminosos. Quem pratica esses atos não é torcedor. Continuaremos lutando por essa causa”, acrescentou João Vítor Xavier.