Um laboratório pertencente ao tráfico foi desarticulado após ações investigativas da Polícia Civil, neste domingo (15). A estrutura, utilizada para o refino de cocaína, foi localizada em uma casa no bairro de Santa Cruz, em Salvador.
Durante investigações acerca de uma organização criminosa com atuação no Nordeste de Amaralina, equipes do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) receberam informações sobre a movimentação suspeita em uma casa, no bairro de Santa Cruz, cujo local foi identificado após o compartilhamento de dados com a 28ª DT.
Na residência, foram encontrados 50 quilos de cocaína, avaliados em R$ 1,5 milhão. A droga estava distribuída em um tonel preto e em três tabletes já prensados. Foram apreendidos uma prensa hidráulica, dois tonéis na cor branca, contendo produto químico, um liquidificador, adesivos, embalagens plásticas e demais insumos utilizados na produção da droga. Com estes materiais, caracteriza-se a prática de refino, mistura, prensagem e distribuição de drogas.
A diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro, destacou o prejuízo causado ao tráfico e as consequências para o crime. “Conforme apurado, o imóvel estava sendo frequentado por diversos suspeitos de integrarem o tráfico de drogas daquela região, além de um odor químico muito forte, vindo da casa. Esta ação representa uma forte descapitalização de grupos de traficantes daquela região, consequentemente enfraquecendo o poder de compra de armamentos e a possibilidade de que outros crimes, como homicídios, também sejam cometidos”, informou.
Ainda de acordo com a diretora do DHPP, o prejuízo causado ao tráfico também incide no enfraquecimento aos ataques em regiões de Salvador. “As informações coletadas nas nossas investigações dão conta de que estes grupos rivalizam pelo tráfico de drogas em outros bairros, a exemplo da Boca do Rio, cometendo crimes violentos letais intencionais. A descapitalização inviabiliza o poder de fogo destes criminosos e se reflete no enfraquecimento destes ataques”, avalia.
Todo o material apreendido seguirá para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e as investigações continuam para localizar e prender os envolvidos. “A população poderá continuar colaborando, ligando para o 181 do Disque Denúncia e fornecendo informações. Não precisa se identificar e todos os dados serão analisados”, complementa a diretora do DHPP.
O trabalho foi realizado por equipes do Núcleo de Operações (NO) do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e pela Coordenação de Operações Especiais (COE), com o apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), por meio da 28ª Delegacia Territorial (DT), do Nordeste de Amaralina.