Entre os vários artistas em destaque em sua programação deste ano, na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, o Espaço Cordel e Repente, da Editora IMEPH, recebe a presença do jornalista e poeta Crispiniano Neto, diretor da Fundação José Augusto, órgão ligado à Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Rio Grande do Norte. Ele fará palestra sobre os impactos da Lei Aldir Blanc para a cadeia produtiva do cordel.
Focado na reconstrução da política cultural do Estado, ele foi responsável pela execução do volume de recursos na ordem de mais de R$ 32 milhões, pela Lei Emergencial Aldir Blanc, entre os anos de 2020 e 2021. Natural de Santo Antônio do Salto da Onça, no Agreste potiguar, ele ainda é agrônomo, bacharel em Direito, cordelista, radialista, editor, produtor, diretor e ator.
Crispiniano também é membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na qual ocupa a cadeira de nº 26, que tem como patrono Luís da Câmara Cascudo. Incansável, o gestor ainda integra a Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel e a Academia Mossoroense de Letras, além de ser membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Como poeta tem mais de 160 folhetos de Literatura de Cordel publicados, com mais de três milhões exemplares espalhados pelo Brasil e outros países.
“Para nós é uma honra receber uma pessoa tão comprometida com a cultura de cordel e a cultura em geral como é Crispiniano Neto”, comenta Lucinda Azevedo, curadora do Espaço Cordel e Repente. Com 300 metros quadrados, o Espaço Cordel e Repente ocupa local de destaque na Bienal, em frente à praça de alimentação, e tem uma programação repleta de atrações.
CULTURA NORDESTINA
São Mais de 50 artistas entre grupos de cordelistas e repentistas, cantores, músicos e escritores que se revezam num palco montado no próprio estande, que chama a atenção dos visitantes. O Espaço já é uma “ação de grande porte na divulgação, preservação e disseminação das artes e saberes ligados a cultura tradicional nordestina!”, afirma Lucinda Azevedo.