PESQUISA DO IBGE
Paulistas têm mais que o dobro do rendimento domiciliar per capita dos baianos
Em 2023, a Bahia registrou um rendimento de R$ 1.139, enquanto São Paulo ficou com R$ 2.492
Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 05:45
Baianos têm o 5º menor rendimento domiciliar per capita do país Crédito: Marina Silva/Arquivo CORREIO
Divulgada nesta quarta-feira (28), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, indicou que os paulistas têm mais que o dobro do rendimento domiciliar per capita dos baianos em 2023. A Bahia registrou um rendimento de R$ 1.139, enquanto São Paulo, vice-líder do ranking nacional, ficou com R$ 2.492.
A explicação está diretamente relacionada com os valores de renda de trabalho e aposentadorias dos estados, como explica a supervisora de Disseminação de Informações do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros.
“Unidades da Federação em que você tem uma renda de trabalho bem mais elevada, provavelmente você tem também valores de aposentadorias, que normalmente é a segunda renda mais importante no rendimento domiciliar per capita”, afirma Viveiros, ressaltando que 70% do valor do rendimento domiciliar per capita vem da renda de trabalho.
Em 2023, por exemplo, a Bahia fechou o ano com o menor rendimento médio mensal do país, com R$ 1.865. O dado é da pesquisa Sínteses de Indicadores Sociais (SIS). também do IBGE. No mesmo ano, o rendimento médio mensal por trabalhador de São Paulo era de R$ 3.592.
De acordo com Gustavo Pessoti, conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), os estados das regiões Norte e Nordeste sofrem com números mais baixos porque sempre foram dependentes das ações da administração pública.
“A forma como se deu a evolução da economia e forte dependência da administração pública como principal setor do PIB são fatores que influenciam essa diferença”, afirma Pessoti.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro