Ainda este ano, a operadora Tim pretende levar a rede 4G para os 417 municípios da Bahia. Atualmente, a telecom está em 389 cidades, sendo que em 369 a tecnologia já está disponível. “No segundo semestre vamos chegar a 100% das cidades do estado com o 4G”, projeta. “A Tim já é a operadora com maior presença na Bahia, com maior cobertura, mas nosso objetivo é entregar 100% de presença da rede 4G nos 417 municípios baianos”, diz o CTIO da Tim, Leonardo Capdeville. Segundo ele, a compra de parte da rede da Oi foi fundamental para acelerar este processo.
A Tim dividiu o processo de migração dos clientes oriundos da Oi em três etapas. A primeira já terminou e a empresa está no meio da segunda e pretende concluir a terceira ainda este ano. Primeiro foi feita uma integração das duas redes. Nesta etapa, a empresa integrou clientes da Oi que utilizavam os DDDs 73 e 75. “Quando nós fizemos isso, ganhamos 51 cidades, onde a Oi estava presente e a Tim não”, conta.
Atualmente, a Tim está unificando as redes, o que deverá dar mais capacidade e qualidade à rede, avalia Capdeville. Segundo ele, este processo deve estar concluído dentro de 30 dias. Por fim, a empresa prepara a migração dos 1,2 milhão clientes da Oi para a Tim. “Nesta terceira onda, a gente começa a trazer os serviços digitais para os clientes da Oi”, projeta. Nacionalmente, a compra da Oi acrescentou à base de clientes da Tim pouco mais de 16 milhões de clientes.
E ou 5G?
A respeito da implantação do 5G na Bahia, o CTIO da Tim, Leonardo Capdeville, lembra que o compromisso com a Anatel, agência reguladora do setor, é de implantação da tecnologia ainda este ano em todas as capitais e a ampliação para outras cidades, de acordo com a densidade populacional. Em 2029, as operadoras têm a obrigação de oferecer o 5G em todas as cidades com mais de 30 mil habitantes. “A visão da gente é de nos tornarmos líderes, do mesmo modo que somos no 4G, então estamos acelerando a implantação além do compromisso obrigatório”, diz. Um exemplo disso é o que está acontecendo em Brasília, onde a operadora tinha obrigação de implantar 35 antenas no primeiro ano, mas já ativou 100 antenas e deve superar 200 até o final do ano. “Precisamos ter uma continuidade de cobertura para incentivar o cliente a migrar do 4G para o 5G”, explica. A entrada do serviço em Salvador ainda depende de uma liberação da Anatel, explica. “Assim que Salvador for liberada, no dia seguinte estaremos operando e com uma quantidade de antenas superior ao mínimo. Estamos nos preparando para isso desde 2019”, conta. “As antenas já estão instaladas”.
Olho no Agro
Uma das grandes apostas da Tim no interior da Bahia está nos polos agrícolas do estado. Leonardo Capdeville, CTIO da Tim, conta que há cerca de três anos a empresa percebeu que o processo de crescimento do agro no país não demandava melhorias de conectividade. “Os agricultores precisavam de boas conexões, dispositivos e aplicações específicas para o setor”, lembra. A partir de então, a telecom, junto com outras empresas, criou uma associação chamada ConectarAgro, que atualmente reúne cerca de quarenta empresas – desde fabricantes de maquinário agrícola até empresas de software, além da Tim. “O desafio é gigante, mas já superamos 7 milhões de hectares de áreas cobertas para o agronegócio”, conta. “É óbvio que quando a gente cobre uma fazenda, as populações no entorno são beneficiadas”, completa.
Pioneirismo
A região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, está entre as mais fortes em atuação da operadora. Uma fazenda do Piauí se tornou a primeira do país conectada por 5G, conta o CTIO da Tim. Para o agro, o 5G é fundamental para a operação de máquinas e equipamentos em tempo real. “Se o 4G permite ao produtor ter informação em tempo real de uma colheitadeira, com o 5G ele poderá operar ela remotamente”, explica.