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Superação.
Não há outra palavra que possa definir a vitória do Brasil contra a Sérvia, resultado que garantiu a seleção o primeiro lugar do grupo A.
O mais correto, cá entre nós, seria dizer a vitória do Brasil contra Boskovic.
Roberta, a substituda de Macris, reagiu bem, atuou com personalidade, segurança e conduziu com maestria a seleção.
Distribuição equilibrada comprovada pelos números com todas as atacantes marcando mais de 10 pontos nos 4 sets.
Curiosamente, sob comando da levantadora, o time fez sua melhor partida na Olimpíada.
Pelas mãos dela, Tandara despertou.
A oposta de Osasco, tímida até então nos jogos olímpicos, chamou a responsabilidade e fez o que dela se esperava em Tóquio.
Se espera, corrigindo.
Bom presságio.
O único fundamento que não funcionou como de hábito foi o bloqueio, mas pouco importa.
O saque foi decisivo obrigando a diferenciada Maja usar cada vez mais Boskovic e forçando os erros da Sérvia.
O duelo basicamente foi Brasil x Boskovic.
E ela deu trabalho. O terceiro set vencido pela Sérvia, pode colocar na conta da atleta. Foram 32 pontos, mais do que todas as companheiras conseguiram fazer juntas.
O que se viu foi uma seleção frágil na recepção e completamente depedente de Boskovic.
Na seleção brasileira, o medo pela ausência de Macris, deu lugar à euforia.
O caminho está aberto e aparentemente será menos espinhoso no mata-mata das quartas de final.