Não só no Rio Grande do Norte, mas em outros estados, partidos que resolveram criar federações — o que os obriga a atuar como uma única agremiação partidária — vêm anunciando apoios a candidatos rivais a Governo, Senado e na chapa proporcional. Por conta de interesses locais divergentes, o cenário nas disputas vem resultando em uniões de fachada entre as legendas que formalizaram os acordos políticos. Federações partidárias passarão a valer a partir das eleições 2022, e três uniões foram oficializadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): PT, PCdoB e PV; PSOL e Rede; e PSDB e Cidadania.
No cenário potiguar, o presidente do PV, Milklei Leite, que é pré-candidato a deputado federal, apoia o empresário “Ivanilson do Ouro” do União Brasil, para deputado estadual. O PV na Assembleia Legislativa tem hoje quatro deputados: George Soares, Vivaldo Costa, Hermano Morais e Eudiane Macedo. Mas, até o ex-vereador Maurício Gurgel, articulador do PV no Estado, também contribuiu com Ivanilson. Para o Senado, o PV oficializou o apoio a Carlos Eduardo Alves (PDT). Só que nenhum deputado estadual vai acompanhar. George, Hermano e Eudiane preferem Rafael Motta (PSB). Já Vivaldo Costa colocou bases importantes no Seridó na campanha de Rogério Marinho (PL). Mas, o PV está unido para o Governo com Fátima Bezerra.
No PSDB e Cidadania, há uma divisão para o Senado. 98% dos tucanos preferem apoiar Rogério Marinho (PL). Somente o deputado Raimundo Fernandes (PSDB) deixou claro que vai de Carlos Eduardo (PDT). Em 2018, Raimundo abandonou no 2° turno o ex-prefeito de Natal e declarou apoio a governadora Fátima Bezerra (PT). No Cidadania, o ex-deputado Wober Júnior prefere a federação liberada para Governo e Senado. Ele foi colega de Carlos Eduardo na Assembleia Legislativa até o ano de 2000. Wober articula apoios para Carlos chegar ao Senado. Mas, o poder de decisão do PSDB/Cidadania está nas mãos do presidente tucano, Ezequiel Ferreira de Souza, que controla com mais de 70% a comissão que vai decidir em julho.
Corte Potiguar
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal de Justiça inicie o procedimento de preenchimento da vaga de desembargador aberta há sete meses, com a aposentadoria da desembargadora Judite Nunes, que pertence ao Quinto Constitucional, destinada a um membro do Ministério Público. A decisão do conselheiro Marcello Terto e Silva dá o prazo de 24 horas para que o TJ/RN proceda com a comunicação ao Ministério Público para formação da lista sêxtupla de candidatos à vaga.
MDB
Com os bacuraus liberados pela cúpula nacional para fazer campanha para Lula (PT), a candidata Simone Tebet do MDB terá que se salvar no Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Alagoas, Piauí e Bahia. Todos os líderes do MDB estão aliados oficialmente ao PT nesses Estados. O portal Uol destacou que outra parceria veio por meio do deputado federal Walter Alves, que deve ser o vice de Fátima Bezerra (PT) na reeleição. Aqui também todos os bacuraus estão oficializados no apoio a Lula.
Lula Presidente. O PT irá realizar no próximo dia 21 de Julho, a convenção nacional do partido, na qual a candidatura do ex-presidente Lula da Silva ao Palácio do Planalto será oficializada. Mas, a campanha eleitoral tem início oficialmente somente no dia 16 de agosto, a partir de quando são permitidos comícios e propaganda eleitoral.
PSB x PT
Apesar de o TSE ter confirmado que partidos que compõem a mesma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado, essa opção não é aceita no Rio de Janeiro. O PT aposta na pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano. Já o PSB mantem a pré-candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) ao Senado carioca, na chapa do socialista Marcelo Freixo, pré-candidato ao governo. Lá o PT ameaça romper a aliança com o PSB para 2022.
Datafolha
Não é só no Nordeste que Bolsonaro é o padrinho que mais atrapalha em palanques estaduais. Em São Paulo, segundo a pesquisa, 64% não votam em candidato apoiado pelo presidente. Enquanto 17% talvez pudessem fazê-lo. Outros 17% com certeza seguiriam a indicação e 2% não souberam opinar. Lula, contudo, não é essas coisas todas. Não votariam num indicado do petista 51% dos entrevistados, enquanto 23% talvez o fizessem. Já 24% dizem apoiar com certeza um nome de Lula.
Palácio dos Bandeirantes
O Datafolha divulgou nova pesquisa para o Governo de São Paulo. E os números afunilou a corrida entre o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que a lidera com 34%, e dois pré-candidatos mais à direita no espectro político: o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e o ex-ministro bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ambos com 13%. Brancos e nulos somam 20% e os indecisos, 9%, um contingente saboroso para os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. Foram ouvidos 1.806 eleitores de terça (28) a quinta-feira (30). Com uma margem de erro de 2 pontos, a pesquisa, contratada pela Folha, está registrada no TSE sob o número SP-02523/2022.