Jogadora se apresenta ao Minas para dar sequência ao tratamento da lesão no tornozelo e já volta à seleção nos próximos dias
Conquistar uma medalha olímpica é o sonho de todo e qualquer atleta. Quando esse metal precioso é colocado no peito, o atleta se realiza, se transforma. Mas não significa que ele se acomoda. Muito pelo contrário, a medalha dá um gás a mais, um desejo de continuar ganhando e, além disso, transforma a vida do atleta, como conta a levantadora Macrís, atleta da seleção brasileira e do Minas Tênis Clube.
“Eu voltei das Olimpíadas uma nova pessoa, com outra perspectiva, por ter vivenciado tudo lá, pela trajetória, superação e pelo trabalho em grupo necessário para se conquistar uma medalha. É muito difícil, mas é muito gratificante. Realmente é uma experiência de vida incomparável”, disse Macrís ao superfc.
Macrís e Carol Gattaz foram recebidas e homenageadas por dirigentes e alguns torcedores do Minas nesta terça-feira, na sede do clube na rua da Bahia. As duas carregavam no peito o peso do metal mais cobiçado no mundo esportivo e exalavam felicidade misturada com a sensação de dever cumprido.
“É algo indescritível. A gente ainda descobre, a cada dia, como tem importância, como tem relevância uma medalha olímpica por toda a trajetória, por todo o esforço. É uma batalha para conquistar. É um peso enorme carregar isso no meu peito”, comentou Macrís.
Macrís vai defender o Minas pela sexta temporada seguida. Pelo Clube mineiro ela conquistou duas Superligas, três Campeonatos Sul-americano de Clubes, duas Copas Brasil e, neste período, claramente evoluiu tecnicamente, tanto é que ele vem sendo a melhor levantadora das últimas edições de Superliga Feminina.
Mas o sucesso não sobe à cabeça da atleta de 32 anos. Agora, medalhista olímpica, ela comemora o triunfo conquistado com o Brasil na terra do sol nascente e diz que a prata é a coroação do seu esforço e trabalho ao longo dos seus quase 20 anos de carreira.
“É uma medalha olímpica. Com certeza, todo atleta que almeja o lugar mais alto da carreira, chegar nas olimpíadas e conquistar uma medalha é a coroação de um trabalho, que é feito no dia a dia, a longo prazo. Sabemos que a cada dia a gente busca melhorar, a gente busca estar mais forte visando também os próximos desafios. Estou muito feliz por essa conquista”.
Macrís, agora, terá alguns dias para se recuperar da longa viagem de quase 36 horas de volta de Tóquio a Belo Horizonte, e se apresenta ao Minas Tênis Clube para finalizar o tratamento no tornozelo direito que, por pouco, não apagou o sonho de Macrís. A jogadora se lesionou no jogo contra o Japão, mas se recuperou dias após para ajudar o Brasil a chegar ao pódio.
Nos próximos dias, ela e Carol Gattaz também se apresentam à seleção brasileira para a disputa do Campeonato Sul-americano de Seleções, que será entre os dias 15 e 19 de setembro, em Barrancabermeja, na Colômbia.
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