O caso de suposta calúnia sofrida pelo o instrutor de surfe Matheus Ribeiro foi arquivado pela Justiça do Rio de Janeiro. Em junho deste ano, o jovem, que é negro, foi acusado sem provas por um casal de roubar uma bicicleta elétrica no bairro do Leblon.
O juiz Rudi Baldi Loewenkron, responsável pela decisão, diz que apesar de não descartar a possibilidade de “descuido” por parte do casal, o caso não poderia se configurar como calúnia, já que não houve dolo — ausência da intenção de acusar falsamente. Segundo Loewenkron, como não existe calúnia culposa, a alternativa foi arquivar o caso.
Episódio de Racismo
Na frente de um shopping na região do Leblon, Matheus aguardava, ao lado da sua bicicleta, a chegada da namorada quando foi acusado por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira de roubar o veículo.
O casal informou que a bike seria a deles, que havia sido roubada recentemente. Revoltado, Matheus filmou a reação dos acusadores após a chave que possuíam falhar em abrir o cadeado da bicicleta. O vídeo viralizou nas redes sociais e gerou uma comoção em torno do jovem.
Com a repercussão do caso, a polícia investigou mais a fundo e descobriu que a bicicleta comprada por Matheus era sim roubada, mas de um empresário em Ipanema em fevereiro deste ano.
Investigado por receptação, Matheus informou ter comprado o produto de segunda mão e se defendeu dizendo que não sabia que era um item roubado. “Não, a gente [Matheus e a namorada] nunca faria uma coisa do tipo. Por ser uma bicicleta usada, a gente especificou que tivesse próximo de metade do valor de uma bicicleta nova”, disse em entrevista ao Fantástico.
Na época, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que a bicicleta foi apreendida e que seria devolvida ao “legítimo proprietário”.
.