O idoso de 60 anos, suspeito de estuprar quatro meninas com idades entre 10 e 17 anos em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, voltou a ser preso. O restabelecimento da prisão preventiva do servidor público aposentado aconteceu após solicitação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
De acordo com o órgão, a prisão preventiva visa resguardar a sociedade, as vítimas e as testemunhas do crime, além de evitar a fuga. Informações repassadas ao MPMG indicavam que o idoso pretendia deixar o país, pois foi denunciado pelos pais de algumas das vítimas e ainda teria tentado comprar o silêncio de alguns.
O investigado chegou a ser solto após a defesa ter apresentado pedido de substituição de prisão por medidas cautelares. Em audiência de custódia, o servidor público aposentado deixou a prisão e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Para indicar a necessidade do idoso ser preso novamente, o MPMG elencou os seguintes pontos: a quantidade de crimes atribuídos ao investigado, a gravidade concreta dos crimes sexuais que estão em apuração; o risco de que o investigado pratique novos crimes; e a proteção à integridade física e psicológica das vítimas, em sua maioria menores de idade, e testemunhas.
O mandado de prisão foi cumprido, sob coordenação do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim), por policiais civis e penais integrantes da Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC).
Relembre o caso
Pelo menos quatro meninas foram estupradas pelo servidor público aposentado, que foi preso em 30 de janeiro, enquanto estava em casa, no bairro Alípio de Melo, na região Noroeste de Belo Horizonte. Para cometer os crimes, o suspeito se aproveitava da confiança das meninas, todas próximas da família, para levá-las a um sítio em Igarapé, na região metropolitana da capital, ou para a casa em BH, onde os crimes aconteceram.
Segundo o delegado Diego Lopes, responsável pela investigação, o crime foi denunciado em dezembro de 2023, depois que a nora do suspeito descobriu que a filha dela do primeiro casamento tinha sido abusada pelo sogro. Diante da suspeita, a mulher resolveu verificar as imagens das câmeras de segurança do sítio, identificando pelo menos outras duas vítimas.
Uma das vítimas do idoso foi estuprada por pelo menos 4 anos, dos 13 aos 17. Agora, já maior de idade, os relatos da jovem ajudaram a embasar a investigação policial. Após a denúncia feita pela nora do aposentado, a Polícia Civil passou a monitorar o idoso enquanto ouvia todas as testemunhas.
Com MPMG