Carlos: “Se é uma decisão do PT e dos partidos aliados, é muito natural que o presidente Lula apoie essa decisão no RN”/Créditos: Reprodução
“Se é uma decisão do PT e dos partidos aliados, é muito natural que o presidente Lula apoie essa decisão no RN. Se Lula tivesse algo contra (sua candidatura) teria desautorizado ou criticado o que a governadora Fátima Bezerra conduziu no Rio Grande do Norte. Ao contrário, Lula foi quem trabalhou, convidou o senador Jean Paul Prates para ser o meu primeiro suplente, foi uma intervenção do próprio presidente Lula”, afirmou o pré-candidato ao Senado Federal Carlos Eduardo Alves (PDT), nesta quarta-feira 13.
De acordo com o ex-prefeito de Natal, ele é o candidato da chapa majoritária da governadora Fátima Bezerra (PT) e de Walter Alves (MDB) e sua indicação para concorrer ao Senado pela composição partiu de uma decisão em conjunto da gestora e do pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Carlos Eduardo assegurou que Lula não terá dois palanques no Rio Grande do Norte.
“A governadora tem o candidato ao Senado que é Carlos Eduardo Alves e ninguém tem nenhuma dúvida disso. Estou com o apoio de 100% do PT, a governadora tem sido corretíssima, os candidatos do PT e os que já tem mandato estão sendo corretíssimos comigo”, disse, destacando que a aliança política entre o PT e o PDT, além de ter a benção de Lula, conta com o apoio dos diretórios municipais e lideranças petistas do Rio Grande do Norte.
“Aonde vou, em qualquer município onde existe o PT, me recebem muito bem, prestam solidariedade à minha candidatura, assim como à governadora Fátima Bezerra e ao presidente Lula. Fui a mais de 90 municípios do Estado e sou muito bem apoiado por eles. Lula apoia a decisão do PT no RN. E quem conduziu isso? Foi a governadora Fátima Bezerra. Como ela conduziu? Com o apoio de todo o PT e os partidos aliados, então o presidente Lula convalidou a chapa. Ele ainda trabalhou para que Jean Paul Prates fosse o nosso primeiro suplente de senador”, ressaltou.
Carlos Eduardo Alves criticou a postura do líder potiguar do PSB, o deputado federal Rafael Motta, que vem tentando viabilizar a todo custo sua pré-candidatura e frisou que Lula não terá dois palanques no Senado Federal, no Estado. E disse que a escolha por seu nome para concorrer ao Senado partiu da própria Fátima Bezerra e de Lula, com o PSB tendo acompanhado todo o processo.
“O PSB foi consultado, acompanhou tudo. Depois, indicou uma candidatura, aliás, o ‘candidato’ disse que era candidato. Por que que não disse lá atrás, no processo? A governadora se surpreendeu quando ele (Rafael Motta) saiu candidato. Ainda tentou dialogar com ele e disse: ‘você, depois de tudo consumado, aparece candidato? Por que não disse lá atrás?’. Aí, ele veio e disse que era porque tinha visto que o povo não queria votar nem em Rogério, nem em Carlos Eduardo. Ao que a governadora respondeu: ‘não é verdade, porque tenho pesquisas, estou acompanhando isso’”.
Carlos Eduardo afirmou que a governadora conduziu a sucessão e as alianças políticas com apoio do PT, sempre com a participação democrática dos partidos aliados PSD, PV, PCdoB, Republicanos e o PDT. “A governadora concluiu o processo e levou ao diretório nacional, naturalmente à liderança maior do partido, o presidente Lula. E o resultado dessas consultas e aliança política foi: a governadora Fátima sairia candidata à reeleição, o MDB indicaria o vice-governador Walter Alves e o PDT, indicaria o Senado”, explicou.
Carlos Eduardo Alves reforçou que a aliança política entre o PT e o PDT já foi referendada e que não existe a menor possibilidade de Rafael Motta pleitear a vaga ao Senado Federal. “A governadora me convidou para ser o candidato ao Senado na chapa dela e eu aceitei o convite. Ela me disse que ia trabalhar a chapa”, disse.
Segundo ele, a partir disso, a gestora passou a consultar todos os partidos que fazem parte da aliança político-eleitoral e que não houve nenhuma candidatura nesse percurso que reivindicasse o espaço. “A não ser Jean Paul Prates, que já era senador e almejava, legitimamente, ser candidato à reeleição. Fora daí, não apareceu nenhum candidato, ninguém foi até ela, nenhum partido ou parlamentar, incluindo-se Rafael Motta, que foi até ela para dizer que eu sou candidato. Não, ninguém foi”, afirmou.
O pré-candidato disse ainda que a gestora foi questionada por Lula sobre o senador Jean Paul Prates, ao que ela respondeu pedindo ajuda para que o parlamentar fosse o primeiro suplente. Foi assim, segundo ele, que Lula escolheu Jean para ser seu suplente.
Carlos Eduardo Alves disse, por fim, que, aonde quer que vá, recebe apoio e voto de eleitores de Ciro Gomes (PDT) e de Lula (PT). “É impressionante. Agora, o PT sabe que sou do PDT, se Ciro for candidato, como está previsto, pode ser que o voto seja pessoal, mas, nós vamos ter dois palanques aqui, estarei no palanque de Ciro e Lula, da nossa aliança. Eu acho que estamos no mesmo campo de oposição ao governo federal”, pontuou.