Disputa acirrada entres os time na Segunda Divisão foi cercada de polêmicas envolvendo a arbitragem e muita reclamação
A décima sexta rodada do Brasileirão colocará frente a frente América e Chapecoense, pela primeira vez após a conquista da Segunda Divisão por parte do time de Chapecó. Na ocasião, o título veio pelo critério de desempate, saldo de gols, com diferença de apenas um, fato ainda não superado pelo Coelho, devido aos erros de arbitragem ao longo da temporada, como destaca o lateral-esquerdo João Paulo.
“Lógico que quando a gente tem uma competição que você perde o título no finalzinho, como estávamos seguros que poderia ter acontecido a nosso favor, isso nos deixa tristes e engasgados no sentido de que poderíamos ter chegado e infelizmente nos foi tirado no finalzinho”, relembrou o jogador.
As equipes chegaram na última rodada empatadas com 70 pontos, mas com a situação inversa a qual terminou o campeonato, o América era o primeiro colocado e a Chape segunda colocada, um reflexo de como a disputa ocorreu ponto a ponto. O equilíbrio também esteve presente nos dois jogos que protagonizaram, com empate sem gols no primeiro turno, e novo empate em 2 a 2, no returno.
O segundo jogo entre Coelho e Índio Condá foi marcado por polêmica. O América teve um gol, marcado por Ademir, mal anulado pela arbitragem aos 49 minutos do segundo tempo. O auxiliar Anderson José de Moraes Carvalho indicou impedimento no lance e a árbitra Edina Alves Batista anulou o gol americano. O confronto valia a liderança da competição. Na ocasião, o então presidente do América, Marcus Salum, se pronunciou em suas redes sociais.
Sexto gol mal anulado nesta Série B. Este nos custou a liderança.
Até quando vamos sofrer isso?
– Marcus Salum (@marcus_salum) 20 de dezembro de 2020
Em entrevista coletiva após o jogo, Lisca reclamou da arbitragem e dos pontos perdidos por erros. “Não vou responder nenhuma pergunta, vim aqui só para falar uma coisa. É a sexta vez. Já são oito pontos. O América, hoje, está com 57, mais oito, daria 65, no mínimo. É Anderson o nome desse bandeira? Mal-educado, nos xingou, nos ofendeu”, disse Lisca.
O lateral-esquerdo João Paulo reforça que apesar disso, os inconvenientes ficaram no passado e que o clube não deve ficar se lamentando pelo passado. “Estamos em outra competição, com outro grupo de jogadores, outro pensamento pra gente poder ser efetivo nessa competição atual. E o confronto gera essa disputa sadia, porque os dois times subiram, se preparam para jogar a Série A, se qualificaram e vamos procurar fazer dentro daquilo que o Mancini separar pra gente com todo afinco consumer o resultado positivo e sair vencedor, isso é o que mais importa neste momento”, declarou.
Agora, os times não chegam empatados em pontos, mas tem o mesmo objetivo: deixar a zona de rebaixamento. O América é o 17º colocado, com 14 pontos, primeiro da zona de rebaixamento, enquanto a Chapecoense segue na lanterna, com quatro, e vem de oito derrotas seguidas. Se vencer, o Coelho pode deixar a parte debaixo da tabela, a qual se encontra desde o início da competição, por isso, o jogo tem valor dobrado.
“A gente trabalha para conseguir o resultado positivo e o sentimento da vitória nos dá a possibilidade de sair dessa zona incômoda que a gente se encontra nesse momento, então a gente vai procurar fazer o nosso melhor para que na segunda-feira a gente encontre a Chapecoense lá concentrados, com o nosso melhor, para dar um passo a mais nessa briga com essa zona incômoda”, finalizou.
América e Chapecoense se enfrentam nesta segunda-feira (16), às 20h, na Arena Condá, em Chapecó.
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