As transformações aceleradas, o quadro de imprevisibilidade e a capacidade de resiliência fizeram com que a indústria saísse mais fortalecida de todo esse cenário pandêmico que a covid-19 foi capaz de provocar. Empresas precisaram repensar processos, proteger suas equipes, lidar com a redução de custos e enfrentar os impactos da retração da economia. Os desafios foram inúmeros, porém, as lições que ficaram também.
No caso da Larco, por exemplo, o diretor-executivo Alberto Costa Neto pontua que o principal aprendizado para a empresa nos dois últimos anos é que momentos de dificuldades também trazem oportunidades:
“Foi um período difícil em que a Larco teve que ter atitudes práticas muito rápidas para se adaptar. Nos reestruturamos muito rapidamente para o trabalho remoto, a fim de resguardar a saúde física e mental de nossos colaboradores, clientes e fornecedores. A gente buscou, inclusive, ter muita flexibilidade e resiliência naquele momento em que não sabíamos até onde tudo isso iria”, diz Alberto Costa Neto, diretor-executivo da Larco.
Alberto Costa Neto, diretor-executivo da Larco (Foto Acervo Pessoal). |
Reflexos que tornaram a Larco mais competitiva, como complementa Neto. “O segmento de combustíveis por si só já é muito dinâmico. Se reinventar foi o grande legado que a pandemia deixou para a empresa, a eterna necessidade de se reestruturar e de se adaptar ao mercado que muda a todo momento, seja pelo cenário pandêmico ou pelo próprio mercado de combustíveis”.
Já na Braskem, a crise sanitária acelerou a nova organização do trabalho e impulsionou um avanço rápido com uso intensivo da tecnologia. De acordo com o diretor industrial da Braskem na Bahia, Carlos Alfano, a empresa experimentou modalidades de trabalho em funções que nunca tinha imaginado antes, alcançando um resultado positivo, e estão sendo mantidas mesmo com a retomada.
“A indústria deve cada vez mais investir em inovação e tecnologias que contribuam para otimizar suas operações, melhorando sua competitividade, adaptando as suas unidades industriais diante das adversidades e visando garantir a segurança e saúde das pessoas. Nesse contexto, as adequações na indústria 4.0 são essenciais”, defende o diretor industrial da Braskem na Bahia, Carlos Alfano.
Mais oportunidades
Para o superintendente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Vladson Menezes, o comprometimento em conjunto de toda cadeia produtiva mostrou que toda retomada depende de investimentos em infraestrutura e fomento de políticas públicas que favoreçam o aumento da competitividade do setor.
“A paralisação de setores importantes da oferta acabou reduzindo encomendas, gerando problemas sérios em um conjunto de cadeias produtivas, faltando o fornecimento de insumos. Além disso, durante o período de pandemia tivemos várias viagens internacionais de navios reduzidas, portos fechados”, comenta o superintendente da FIEB, Vladson Menezes.
Vladson Menezes, superintendente da FIEB (Foto: Lúcio Távora/Coperphoto/Sistema FIEB). |
No entanto, oportunidades existem e foram favorecidas pelo cenário de crise. “No ponto de vista da economia internacional, a gente vê exigências ambientais crescentes por parte das empresas. Aqui na Bahia também há oportunidades razoáveis como o uso de energias alternativas. Não apenas a eólica e solar, mas também o hidrogênio verde. Aqui, vejo essa perspectiva de tornar a produção de outros setores da indústria mais sustentáveis no ponto de vista ambiental usando o hidrogênio verde”, completa Menezes.
O projeto Indústria Forte é uma realização do Correio com patrocínio da Unipar e Acelen, apoio institucional do Sebrae e apoio da Wilson Sons, Braskem, J.Macêdo, Larco, AJL, Jotagê e Comdados.
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