PRINCIPAL TORNEIO DO ANO
Veja como chega o Bahia para a estreia no Campeonato Brasileiro
Tricolor aposta em modelo de jogo propositivo para fazer campanha segura na Série A
Publicado em 12 de abril de 2024 às 05:00
Tricolor reforçou o elenco, mas grupo ainda tem lacunas que precisam ser resolvidas Crédito: Letícia Martins/EC Bahia
Mais uma edição da Série A do Campeonato Brasileiro vai começar para o Bahia. A largada do tricolor no principal torneio do país será dada neste sábado (13), às 18h30, contra o Internacional, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre.
No segundo ano sob a gestão do Grupo City, o Esquadrão voltou a investir pesado na montagem do seu elenco, mas ainda tem lacunas e inicia a competição sob a desconfiança de parte dos torcedores no trabalho do técnico Rogério Ceni. O atrito foi criado após a perda do Campeonato Baiano para o rival Vitória. Mesmo assim, o clube mantém a expectativa de terminar a Série A na primeira página da tabela e conquistar uma vaga em torneios internacionais.
A aposta do Bahia para conseguir fazer um Brasileirão tranquilo passa pela qualidade técnica no meio-campo. Mantido após salvar o time do rebaixamento no ano passado, Rogério Ceni tenta aprimorar o estilo de posse de bola e proposição de jogo. Para isso, o Esquadrão contratou peças como Caio Alexandre, Everton Ribeiro e Jean Lucas, que se juntaram a Cauly, formando o “quadrado mágico” tricolor.
Everton Ribeiro é a grande contratação do Bahia para 2024 Crédito: Tiago Caldas/EC Bahia
A formação deu resultado nas competições do primeiro quadrimestre. A equipe marcou 48 gols em 22 partidas, chegou à final do Baianão, está na semi da Copa do Nordeste e na terceira fase da Copa do Brasil.
O ataque do Bahia é o segundo melhor do Brasil, atrás apenas do Atlético-GO, que balançou as redes 50 vezes. A grande novidade tem sido a utilização do meia Thaciano na função de falso 9. O camisa 16 se encontrou no setor ofensivo e já anotou sete tentos e deu três assistências.
Thaciano assumiu nova função e vive fase artilheira no Bahia Crédito: Tiago Caldas / ECBAHIA
Por outro lado, a defesa é um dos pontos de preocupação. O time se mostrou vulnerável contra equipes mais fortes, sendo vazado contra Sport e Ceará, por exemplo. A frustração maior foi a incapacidade de se impor diante do único adversário de Série A que enfrentou até o momento. O Esquadrão sofreu nos clássicos contra o Vitória e viu o rival conquistar o estadual.
Diante do cenário, Rogério Ceni reconhece que, no Brasileirão, o tricolor precisará de um meio-campo com maior poder de marcação.
“No Brasileiro, a tendência é que você precise de um jogador com mais potencial de marcação. Então, a gente pode usar os quatro [Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro]mas também usando Rezende no meio. E a gente sente falta até do Nico [Acevedo]que faz muito bem essa função. Hoje, o único volante de marcação que a gente tem é o Rezende. Mas, em muitos jogos, será necessário usar o Rezende com o Caio, o Jean, o Everton, talvez adiantar mais o Cauly ou ter um jogador de mais transição. É bem possível que a gente faça alterações nesse sentido para ter mais força no meio de campo”, explicou.
Além da ausência de um volante com maior poder de marcação, outra lacuna que incomoda está na lateral esquerda. Única contratação para o setor, Iago Borduchi chegará apenas em julho, após o fim do vínculo com o Augsburg, da Alemanha. Até lá, Ceni terá que improvisar. Rezende e Luciano Juba costumam atuar na posição. O lateral direito Cicinho também vem sendo testado.
Rogério Ceni inicia o Brasileirão sob a desconfiança de parte dos tricolores Crédito: Tiago Caldas/EC Bahia
O Brasileirão é a prioridade do Bahia em 2024. No ano passado, após se salvar do rebaixamento na última rodada, Rogério Ceni explicou que entende a relevância das competições dos primeiros meses do ano, mas ressaltou a importância da Série A por conta dos diferentes retornos que o campeonato proporciona.
“A Copa do Brasil é legal, traz emoção, valor financeiro, mas só um ganha. No Brasileiro, você tem um campeão, times na Libertadores, times felizes pela pré-Libertadores, e uma competição internacional muito legal que é a Sul-Americana”, disse, na ocasião.