O policial militar que matou Marcos Vinicius Vieira Coutode 29 anos, na Vila Barraginha, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, está solto. A informação foi confirmada à O TEMPO pela porta-voz da corporação, major Layla Brunella, nesta segunda-feira (18).
“O militar chegou a ser preso e com o alvará de soltura expedido pela manhã, foi solto. É importante destacar que o alvará é emitido pela Justiça”, afirmou.
Questionada se o militar poderá trabalhar de imediato após a soltura, a major explicou sobre os procedimentos. “Volta normalmente, mas passa pelo psicólogo. O policial faz um acompanhamento, que não tem período determinado. Depende da avaliação do profissional para ele receber alta”, detalhou.
Suspeita de propina
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pede a apuração dos fatos e informou ter sido procurada por moradores que disseram que as ações dos policiais na vila estariam motivadas pela falta de pagamento de propina. Nas últimas duas semanas, foram três mortes na região por pessoas que não aceitaram valores de “suposta corrupção cobradas e devidas aos policiais”.
Para a major, a denúncia é incoerente. “Se os militares recebiam propina, por que este traficante foi preso pelo tráfico de drogas? Ele foi detido, no dia 25 de julho, por posse ilegal de arma de fogo, além disso, ele estava com drogas. Independentemente disso, estamos apurando a denúncia e a investigação acontecerá”, disse.
Indagada se o militar envolvido na ocorrência tinha processos disciplinares na Corregediria da Polícia Militar, Layla Brunella disse não ter “de pronto” a informação. A reportagem de O TEMPO questionou à Polícia Militar, via assessoria, se o militar tem processos na corregedoria e aguarda retorno.