O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou, nesta quinta-feira (21), que o Instituto de Criminalística da Polícia Civil analise o vídeo da ação de um policial militar que resultou na morte de Marcos Vinicius Vieira Couto, conhecido como Marquinhos, de 29 anos, no último sábado (16). A vítima é apontada como suposto chefe do tráfico de drogas na Vila Barraginha, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O objetivo da análise das imagens, segundo o órgão, é “tentar constatar se a vítima praticou alguma agressão ou tentou se apoderar da arma do policial”. O MPMG começou a investigar o caso após pedido da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB/MG)que classificou como “gravíssimo” o resultado da operação na vila.
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A partir de agora, a Notícia Fato, que havia sido instaurada, foi convertida em Procedimento Investigatório Criminal. A finalidade é apurar a ocorrência de infrações penais de natureza pública, servindo como preparação e embasamento para o juízo de propositura, ou não, da respectiva ação penal.
O #MPMG ainda requisitou ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil a realização de análise pericial no vídeo com as imagens do fato para tentar constatar se a vítima praticou alguma agressão ou tentou se apoderar da arma do policial.
— MPMG (@MPMG_Oficial) 21 de julho de 2022
O caso
O homem, que seria o responsável pelo tráfico de drogas na Vila Barraginha, foi morto por um policial militar durante uma ação da corporação na noite de sábado (16). A Polícia Militar (PM) alega que foi acionada para a região com o intuito de apurar disparos de arma de fogo que estariam sendo feitos durante uma festa julina.
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A denúncia, conforme a PM, indicava que um homem conhecido como “Marquinhos”, que seria o chefe do tráfico na região, estaria com uma arma e ameaçando os participantes da festa. O homem estaria se envolvendo em brigas. Quando chegaram ao local, os policiais se depararam com o homem de 29 anos que, ao avistar os militares, teria ido para cima dos agentes.
De acordo com a PM, Marquinhos não obedeceu às advertências verbais e teria tentado tomar a arma de um dos sargentos que atendia a ocorrência. O militar, no entanto, reagiu e atirou três vezes contra o homem.