Com os seus carrinhos cheios de bebidas, os vendedores ambulantes que trabalham no Carnaval têm reclamado das baixas vendas durante a folia. Segundo eles, desde o início do feriado, as vendas têm sido fracas. Alguns até estacionam os carrinhos em locais vazios, como observado pela equipe de reportagem do O TEMPO durante a cobertura do bloco Juventude Bronzeada, nesta terça-feira de Carnaval, dia 13 de fevereiro.
Esse é o caso de Márcio Neves, de 50 anos, que trabalha há 12 anos como vendedor ambulante durante o Carnaval. Ele conta que este foi o pior Carnaval de todos, pois suas vendas caíram pela metade: “Não vendi quase nada. Eu costumava vender R$ 500 por dia, agora, quando muito, R$ 250”, reclama.
Washington Rodrigues Cândido, de 45 anos, também enfrenta dificuldades para vender suas bebidas, devido ao baixo movimento nas ruas: “O problema é que tem muito vendedor ambulante sem credencial, falta fiscalização. Eu fiquei mais de 12 horas na fila para pegar minha credencial, e tem muita gente sem”, lamentou.
Marcos Vinicius Umbelino, de 26 anos, também reclamou das vendas baixas: “Hoje foi o dia mais fraco, não vendemos nem R$ 200”, explicando que esteve no bloco Funk You e que seguiria para a Savassi para tentar vender as demais bebidas.
Questionada sobre a fiscalização de ambulantes não licenciados, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, por nota, que tem feito abordagens e retirado vendedores não credenciados de vários blocos. “Os fiscais estão no meio dos blocos, nos locais de maior concentração de foliões”, completou o município.