A mineradora Vale vai entregar, até o fim deste mês, uma nova avaliação das estruturas que compõem a Mina da Fábrica, localizada em Santa Rita do Durão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais. Estão previstas ainda a revisão dos procedimentos do Plano de Ação de Emergência e a mancha de inundação. Nessa segunda-feira (13 de novembro), a interdição das pilhas de estéril da Vale foi determinada pela Agência Nacional de Mineração (ANM)que alegou ausência de comprovação de estabilidade.
No fim da noite desta terça-feira (14 de novembro), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad/MG), a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MG) emitiram nota conjunta sobre a atual situação das estruturas e de Santa Rita do Durão. Conforme o conteúdo, a princípio, não haverá a necessidade de acionar o nível de emergência e nem evacuar a Zona de Autossalvamento.
“As instituições de Estado continuarão acompanhando a situação do empreendimento e, se observada qualquer alteração nas condições de segurança das estruturas, serão tomadas todas as medidas cabíveis para minimizar os impactos”, afirma o texto.
Entenda
A interdição ocorreu por conta da situação de três pilhas de estéril (PDE) chamadas de PDE Permanente I, PDE Permanente II e PDE União Vertente Santa Rita. A ANM, que tem a competência de acompanhar a situação de pilhas de rejeito e estéril, determinou a suspensão da disposição dos materiais nas estruturas após apresentação de um laudo técnico, elaborado em 2020, que concluiu a não estabilidade.
Em associação às pilhas, existe também uma estrutura de contenção de sedimentos, Dique PDE Permanente I, incluído na Política Estadual de Segurança de Barragens. Um eventual acidente nas pilhas de estéril sobre o Dique poderia causar diversos danos em Santa Rita do Durão. Por isso, uma nova fiscalização foi feita nessa segunda-feira.
“Na ocasião, foi constatado que não existem anomalias visíveis nas estruturas e que a Vale S.A está drenando a água armazenada no Dique Permanente I para aumentar a borda livre e reduzir os efeitos de uma eventual falha crítica decorrente de uma avaria nas pilhas”, informou o texto.