“A rede é de todos nós”. Uma das falas de abertura de Luciana Ferreira, presidente do Conecta Eaufba, deu o tom à última noite do evento Carreiras e Conexões, promovido pelos ex-alunos da Escola de Administração, com discussões sobre o mercado financeiro brasileiro e o papel do setor público na criação de ecossistemas.
Participaram ontem o professor de Administração e presidente do Conselho da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, além dos CEOs Guilherme Costa e Diogo Pessoa no bloco “A revolução do mercado financeiro brasileiro”. Ex-aluno da turma de 1971, Antonio Carlos Júnior abriu explicando a situação fiscal do país durante os governos Dilma e Bolsonaro e o maior investimento da população no mercado de capitais em detrimento das rendas fixas nos últimos anos. Diogo Pessoa, CEO da empresa ACT Investimentos, também reforçou o contexto e o ganho para o mercado de capitais.
“Hoje o mercado de capitais financia o setor produtivo, substituindo o financiamento caro de curto prazo, que era a única opção para as empresas até pouco tempo atrás. E gera uma oferta de produtos superinteressante para as pessoas físicas”.
Quanto à fomentação do mercado financeiro na Bahia, Antonio Carlos Júnior acredita que o dever é dos próprios baianos. “Não adianta criar bolsas de valores aqui. Hoje se opera no mundo inteiro. A alternativa é a descentralização do mercado para cá, fazer os contatos no centro financeiro e trazer para a nossa região.”
O usuário ‘Vini Luzen’, que se identificou como fundador da empresa júnior de Administração da Ufba comentou: “Gratidão ao Conecta Eaufba pelo nível elevado dos painéis. Muito bom me reconectar com nossa escola, que vejo que continua dando muitos frutos à Bahia e ao Brasil”.
O segundo painel recebeu nomes como Major Denice, policial militar da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Ana Paula Matos, atual vice-prefeita de Salvador e Secretária de Governo, e Leandro Lima, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, além de cofundador da Sanar, para tratar do tema “O papel do setor público na criação de ecossistemas”.
“O ser humano é biologicamente cultural. Se a gente vive numa sociedade racista e misógina, precisamos mudar o ecossistema que mantém esse comportamento”, afirmou Major Denice.
O evento ainda teve um bate-papo com os fundadores do Conecta, que falaram sobre a rede e aproveitaram para tirar dúvidas dos espectadores. “Cada um aqui tem suas demandas mas como tempo é prioridade, escolhemos separar um tempo para esse projeto e esperamos que isso se perpetue”, disse Luciana Ferreira.
Aos alunos de Administração que pretendem fazer o Programa de Mentoria com os palestrantes, os fundadores ainda incentivaram para que eles façam a inscrição no site, com o objetivo de facilitar o networking entre as partes. “A rede é de todos nós. De início, os fundadores estão à frente, mas estamos super abertos para sugestões. O objetivo é a troca, o networking, e isso já começou a acontecer”, afirmou Felipe Oliveira.
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