O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou suas promessas de políticas comerciais rígidas durante um comício do Partido Republicano realizado no último fim de semana, em Dayton, Ohio.
Em uma declaração direta ao presidente chinês, Xi Jinping, Trump afirmou que, se eleito, aplicará uma tarifa de 100% sobre os carros chineses fabricados no México, dobrando a taxa anteriormente sugerida para veículos produzidos ao sul da fronteira dos EUA.
“Aquelas grandes fábricas de carros monstruosos que você está construindo no México agora e você acha que vai conseguir isso – não contratar americanos e você vai vender o carro para nós, não”, declarou Trump. “Vamos colocar uma tarifa de 100% em cada carro que passar pelo estacionamento”, prometeu.
Jogo duro contra a China
Esta não é a primeira vez que Trump faz ameaças tarifárias contra produtos chineses. Em março, ele já havia sugerido uma tarifa de 50% sobre os carros chineses, caso seja reeleito.
Além disso, o ex-presidente propôs tarifas de até 60% sobre todos os produtos chineses e de 10% sobre produtos fabricados em qualquer parte do mundo. “Você nos ferra e nós ferramos você”, disse ele. “É muito simples, muito justo.”
Benefício do livre comércio
Atualmente, as montadoras chinesas aproveitam um acordo de livre comércio entre o México e os Estados Unidos para montar seus carros no território mexicano, visando escapar de impostos e oferecer preços competitivos no mercado dos EUA.
Montadoras como a BYD e a Chery já manifestaram planos de construir fábricas de veículos no México, buscando expandir sua presença na América do Norte.
Medo de espionagem
Enquanto Trump reforça suas políticas tarifárias, a atual administração dos EUA liderada pelo presidente Joe Biden também está estudando medidas para conter a entrada de veículos chineses no país, via México.
Além disso, o governo Biden abriu uma investigação sobre os riscos à privacidade e de espionagem dos motoristas americanos apresentados pelos veículos chineses.