A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu dois homens, de 30 anos, suspeitos de tráfico de drogas, em duas operações em Belo Horizonte, nos bairros Jaqueline e Céu Azul. Em ambos os casos, os criminosos se passavam por entregadores de delivery para distribuir os entorpecentes. Um dos suspeitos tinha até um cardápio, que era enviado aos usuários por meio do WhatsApp.
O suspeito preso no Bairro Jaqueline era cadastrado em aplicativos de entrega e fazia a distribuição da droga, usando a roupa e os equipamentos típicos de um motoboy. Para enganar a Polícia, o traficante até fazia algumas entregas normalmente. De acordo com um dos delegados que investigou o caso, Davi Moraes, o criminoso pretendia expandir o negócio ilícito. “Ele tinha insumos químicos capaz de aumentar em, pelo menos, 10 vezes o volume de cocaína pura que ele tinha. No entanto, nessa ocasião nós conseguimos interromper esse fluxo que alimentava as biqueiras”, explicou. Com o suspeito Bairro Jaqueline foram apreendidos cerca de um quilo de cocaína pura; barras de haxixe; barras de maconha; insumos químicos, além de munições de uso restrito. A motocicleta que ele utilizava também foi apreendida.
O suspeito preso no Bairro Céu Azul era DJ e tinha uma lista de transmissão no WhatsApp, por onde enviava um cardápio contendo vários tipos de drogas. Além disso, a entrega era feita via delivery, assim como no caso do Bairro Jaqueline. “Com traficante do Bairro Céu Azul, foram encontradas drogas sofisticadas e que eram vendidas em áreas nobres de Belo Horizonte”, afirmou o delegado Davi Moraes. Com ele foram apreendidas várias porções injetáveis de THC, haxixe, embalagens e outros materiais utilizados para disfarçar a droga entre as entregas.
Rodolfo Tadeu Machado, Chefe da Divisão do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (DENARC) afirmou que o sistema usado pelo suspeito era sofisticado e cheio de regras para se esconder da Polícia. As entregas eram feitas durante a madrugada e o traficante deixava claro no “cardápio” que era proibido buscar a droga. “Ele era ousado e controlava os clientes dele, só vendendo por meio de indicação”, afirmou o Chefe do DENARC.
O uso do viper com maconha
A Polícia Civil também chamou a atenção neste caso para o uso de drogas aliado ao cigarro eletrônico. Em Nova Lima, os investigadores apuram que uma jovem foi drogada, depois de fumar um VIPER que estava com essência de maconha. Os suspeitos usaram a tática para abusar sexualmente da vítima. A PC não deu outras informações deste caso.