Um importante aspecto do trabalho remoto que muitos esquecem é o fato dele promover também a inclusão. Um exemplo é o da empresa Find Up, que conecta profissionais de tecnologia da informação e clientes aqui no Brasil, e que já possui uma grande quantidade de técnicos associados, como Francisco José da Silva, um paulista de 34 anos, que devido a uma lesão medular causada por uma inflamação em 2009, ficou com dificuldade de se locomover, o que poderia, senão inviabilizar pelo menos dificultar muito o acesso dele a locais presenciais de trabalho. Francisco comemora a inclusão que foi proporcionada pelo fato de poder atender clientes remotamente, e frisa que em relação à qualidade de atendimento, pelo menos na área em que atua não há impacto negativo.
O CEO da FindUp, Fábio Freire, confirma essa percepção e cita que a frase dita há algum tempo pelo milionário dono da Tesla, Elon Musk, de que trabalhar de casa seria “fingir que se trabalha”, não é verdade. Ele pondera que algumas atividades, como manutenções de hardware por exemplo, exigem realmente a presença do técnico mas, por outro lado, a grande maioria das manutenções são relativas a software e podem, tranquilamente, ser feitas de longe sem qualquer prejuízo para o resultado. Para ele empresas de tecnologia, exatamente pelas suas características, devem obrigatoriamente buscar incessantemente mais soluções para incluir cada vez mais pessoas e o trabalho remoto é, sem dúvida, uma grande arma para isso.
E chegou o 5G
A tecnologia, que promete entregar uma internet cerca de dez vezes mais rápida que a disponibilizada pela rede 4G (quarta geração) começou a operar essa semana no Brasil, inicialmente em Brasília. A previsão é de que, até setembro, o resto do país já possa ter acesso a essa internet que traz como uma das vantagens uma latência próxima de zero, o que deve praticamente eliminar aquela espera entre o clique e início de um vídeo, por exemplo.
A princípio, a maior parte das operadoras não deve cobrar pelo novo serviço, até porque, como foi relatado nos primeiros dias de operação na capital federal, a cobertura inicia em áreas específicas das cidades. Como cita Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp plataforma que capta e organiza informações públicas de mais de 1,5 bilhões de sites globalmente, a tecnologia 5G finalmente inaugura no país a possibilidade da tão falada “internet das coisas”, que permitirá a conexão direta entre objetos pela rede mundial de computadores, uma tecnologia que tem potencial para aumentar a produção industrial, por meio da comunicação direta entre máquinas, e possibilitar que o Brasil experimente novidades como cirurgias à distância e transporte em carros sem motoristas, à medida que as redes forem se expandindo.
Metrô e o PIX
A novidade já está ativa no sistema metroviário de Salvador. Os usuários podem ter acesso a o PIX nos terminais de autoatendimento espalhadas pelas estações, que também aceitam cartões de crédito e débito, além do hoje cada vez menos usado dinheiro vivo. O uso do PIX serve tanto para comprar bilhetes unitários quanto para recarregar os cartões e integração, que também já podem ser recarregados online com o uso de aplicativos como o Quicko, PicPay, RecargaPay e Banco do Brasil.