Prefeitura acorda e desmascara projeto envolvido em golpes, amadorismo e irresponsabilidade dos dirigentes e da Funvic
O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Parafraseando o escritor colombiano Gabriel Garcia Marques (Crônica de uma morte anunciada), é possível afirmar que o iminente fim do vôlei em Taubaté aparece no rol das tragédias anunciadas.
A pá de cal, notícia antecipada pelo blog, foi a saída de Rapha, ícone, ídolo e verdadeira identidade daquilo que um dia pode ser chamado de projeto.
A decisão da prefeitura anunciando o rompimento com a Fundação Universitária Vida Cristã, Funvic, não surpreende. Talvez surpreenda pela demora da Secretaria de Esportes e Lazer em enxergar a realidade, ou seja, dívidas impagáveis, amadorismo, irresponsabilidade e desordem administrativa dos envolvidos com o projeto.
A novidade fica por conta dos apontamentos de irregularidades do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Aqueles que tocam, ou tocavam, o vôlei da cidade junto com a Funvic, devedora confessa, podem ser chamados de tudo, menos de gestores.
Não são do ramo. A Prefeitura foi de certa forma inocente ao esperar tanto tempo pela apresentação de um plano de viabilidade financeira, solicitado e evidentemente não apresentado pela Funvic.
Há mais de 2 meses o blog relata detalhadamente as dívidas da Fundação que passam perto dos R$ 4,5 milhões.
Rapha, Bruno, Lucão, Maurício Souza, Douglas, Maurício Borges e Felipe Roque são credores, fora aqueles que não estão mais no clube como Lucarelli e Mohamed. Isso sem contar com os integrantes da comissão técnica, onde aparece Renan Dal Zotto, técnico da seleção.
O caso é de total negligência.
Indefensável.
Taubaté foi uma grande mentira, passando pela ausência dos contratos dos atletas, falta de transparência dos envolvidos e irresponsabilidade com jogadores e seus familiares.
A ação foi finalmente desmascarada pela Prefeitura que foi pontual, agindo com prudência e lisura.