Isolda: “Condutas deste precisam ser apuradas e punidas na forma do regimento”/Créditos: Reprodução
A postura do suplente de deputado Michael Diniz (SDD), que fez foto com sinal de arma na porta do gabinete da deputada estadual Isolda Dantas (PT), foi discutida durante a reunião do Colegiado de Líderes na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN). A denúncia contra o ele, que está cobrindo a licença não remunerada do deputado Kelps Lima (SDD), é de quebra de decoro parlamentar. Desde que entrou na Casa, Diniz tem chamado a atenção por discursos homofóbicos e provocativos contra os colegas de bancada.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), a Mesa Diretora se reunirá para avaliar quais medidas serão aplicadas. No mês passado, a deputada Isolda já havia apresentado à Mesa um requerimento para que as condutas de Michael fossem apuradas e punidas na forma do regimento da Casa Legislativa que, neste caso, prevê a perda do mandato.
“Na reunião do Colegiado de Líderes, mais uma vez pedi que apurasse a atuação do suplente de deputado do SDD. Primeiro, pelo ataque aos LGBTIS e, agora, por posar para fotos fazendo arminha em frente ao meu gabinete. Em meio à violência política que vem se acirrando em nosso país, incitar mais violência não pode ser subestimado. Não é a primeira vez que o suplente tem conduta incompatível com o decoro parlamentar. E a Casa (ALRN) não pode deixar de tomar providências”, cobrou a parlamentar, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta quinta-feira 14.
A deputada disse que, “ele e os que destilam ódio não nos intimidam. Seguirei firme defendendo as ideias de igualdade. As condutas deste deputado precisam ser apuradas e punidas na forma do regimento, neste caso, com a perda de seu mandato”, ressaltou.
Ela relembrou o caso do assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, na madrugada do final de semana, em Foz do Iguaçu, pelo bolsonarista Jorge Jose da Rocha Guaranho, que não aceitou que o petista comemorasse seu aniversário com a temática de Lula. “O assassinato de Arruda não foi fato isolado. É consequência da disseminação do ódio como prática política no Brasil”, lastimou.
ATAQUES HOMOFÓBICOS
O suplente Michael Diniz, que cumpre mandato tampão, postou uma foto acompanhado de algumas pessoas fazendo o sinal de arma – símbolo do bolsonarismo – na porta do gabinete da deputada Isolda Dantas.
Após a repercussão negativa, o bolsonarista, que já destilou falas de ódio e homofobia à comunidade LGBTQIA+, ao afirmar que desprezava o movimento e que seus integrantes deveriam fazer tratamento psiquiátrico, apagou a postagem.
Na foto, escreveu: “Será que nossa ‘cumpanhêra’ (sic) vai gostar da foto opressora e nada feminista? KKKKKK”. Ele tomou posse na Casa em 15 de junho, para um período de 120 dias.