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Cada panela tem sua tampa.
Se a de Renan Dal Zotto era conhecida, que dirá a de Bernardinho.
Não é fácil entrar.
Os requisitos são questionáveis, não por acaso o Brasil não ganha nada faz tempo.
E mesmo quando conquistava títulos na década passada, os critérios eram rígidos.
O Senado começou a ganhar força justamente quando Bernardinho abriu mão da seleção em 2016, mas deixou representantes que até hoje ditam as regras e condições.
Ninguém admite abertamente, porém o que se sabe nos bastidores é que muitos jogadores perderam a oportunidade mesmo voando tecnicamente e foram vetados pelo sistema.
É difícil largar o osso.
É necessário rezar a mesma cartilha.
O mais novo exemplo é Michel Saraiva, de Joinville, que pede passagem faz tempo.
O jogador faz uma Superliga irretocável.
São números impressionantes.
Está no ápice da forma aos 30 anos.
É um dos melhores bloqueadores do Brasil e nunca foi chamado. Foi assim em Campinas, quando jogou na França, na passagem por São José e hoje em Joinville.
Nada acontece.
Dizem se a oportunidade não vem até nós, nós vamos até a oportunidade.
Isso na teoria, porque na prática com o modelo atual não funciona.
Michel, entre outros, sabe que espera não pode matar a esperança.
É aquilo: a injustiça pode dar os seus passos, mas no final tropeçará na justiça.