A indústria automotiva está passando por um período de mudanças e as empresas petrolíferas estão se adaptando. Recentemente, a Shell anunciou seus planos de expandir o investimento em estações públicas de carregamento de veículos elétricos, em resposta à crescente demanda dos consumidores por alternativas de baixo carbono.
A Shell pretende ampliar sua rede de pontos de carregamento para atender à crescente demanda dos consumidores, principalmente na Europa e na China.
Atualmente com 54 mil pontos de carga, a empresa planeja aumentar esse número para 200 mil até 2030, com foco principalmente no carregamento público.
A expansão faz parte do relatório global da empresa “Estratégia para a Transição Energética 2024”. Além do carregamento elétrico, a empresa também planeja investir em biocombustíveis e energia integrada.
Brasil: Parcerias estratégicas para carros elétricos
A Shell vai focar no carregamento público em vez do domiciliar, acreditando que “será mais necessário entre os consumidores”. A rede pública de carregamento, Shell Recharge, já está operando em cerca de 33 países, incluindo o Brasil.
No Brasil, a Raízen Power, licenciada da marca Shell Recharge, adquiriu em janeiro toda a rede de recarga de veículos elétricos da startup Tupinambá.
O acordo entre as empresas inclui 204 carregadores de corrente alternada (AC) e tem potencial para expandir para mais de 600 pontos adicionais de 7,4 a 22 kW de potência. Com essa aquisição, a Shell Recharge entrou no mercado de carregadores de menor potência.
A Shell também está investindo em infraestrutura de carregamento de carros elétricos em nível global. Em setembro de 2023, inaugurou sua maior central de carregamento na China, com 258 pontos de carga, capaz de atender 3.300 carros diariamente.
Redução de postos de combustíveis tradicionais
Como parte de sua estratégia de transição, a Shell planeja atualizar sua rede atual e desativar 1.000 postos de combustíveis em todo o mundo até 2025, focando seus esforços em oferecer soluções de carregamento de veículos elétricos e conveniência aos clientes.
Segundo o relatório, a Shell vai redesenhar sua atual rede e desativar 1.000 postos de combustíveis em todo o mundo até 2025, o que representa menos de 3% das unidades da empresa. Até o momento, não há informações se essa readequação afetará o Brasil.
“Com o aumento do carregamento de veículos elétricos e ofertas de conveniência, em resposta à evolução das necessidades dos clientes”, “No total, planejamos nos desfazer de cerca de 500 instalações da Shell (incluindo joint-ventures), por ano, em 2024 e 2025”, prevê.