O governo brasileiro destituiu um funcionário público envolvido em um esquema de propina com pastores evangélicos. O caso resultou na demissão do ministro da Educação no governo Bolsonaro. A Controladoria-Geral da União (CGU) destituiu Luciano de Freitas Musse, que ocupava o cargo de gerente de projetos do Ministério da Educação, após descobrir que atuou em conluio com pastores evangélicos para facilitar a liberação de recursos da pasta em troca de propina. O indiciado recebeu R$ 20 mil por indicação de um dos pastores. Além da exoneração do cargo de confiança, Musse fica proibido de ocupar cargos no Poder Executivo federal pelos próximos oito anos. Segundo o processo disciplinar da CGU, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, deixou o cargo após áudios terem sido divulgados, nos quais ele afirmou dar prioridade aos repasses de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDC) aos prefeitos amigos do pastor Gilmar Santos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Em sua defesa, o ministro negou praticar atos ilícitos.