Relator da reforma trabalhista votou por congelar gastos com saúde e educação – Foto: Reprodução
Pré-candidato ao Senado pelo PL, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho ainda não definiu quem serão seus candidatos a suplentes na disputa eleitoral de 2022. Ao Agora RNa assessoria do pré-candidato não informou se tem um ou mais nomes em vista ou sendo discutidos. Os nomes do primeiro e segundo suplentes serão conhecidos nos próximos meses.
Rogério busca construir a chapa para enfrentar a campanha que movimentos de esquerda fazem contra ele, lembrando que ele foi o relator da reforma trabalhista, que alterou mais de cem artigos da CLT e retirou, segundo sindicatos, direitos históricos dos trabalhadores e precarizando ainda mais as condições de trabalho.
Outro ponto explorado é que, em 2016, Rogério votou a favor da PEC dos Gastos Públicos, que congelou as despesas com saúde e educação. E ainda tentou enquadrar os movimentos sociais na Lei Antiterrorismo, sendo defensor da reforma do Ensino Médio e do projeto Escola Sem Partido.
Também pesa em seu currículo os processos que tramitam na Justiça. Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, ação penal contra o pré-candidato ao Senado, que é acusado de crime de peculato, ou seja, apropriação de bem público.
O caso envolve a suposta contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Natal, entre 2005 e 2007 – período em que ocupou a presidência da Casa Legislativa.
A investigação começou a partir de uma lista apreendida durante uma operação policial. O documento trazia cerca de 900 pessoas que teriam cargos na Câmara e cada um tinha, ao lado, o nome do suposto padrinho.
O MPRN aponta que a nomeação dos “cargos fantasmas” no período investigado coube a Rogério Marinho e a Dickson Nasser, então presidentes do Legislativo natalense à época. Além disso, eles teriam também indicado grupos específicos de servidores para receberem sem trabalhar.
Só Rogério, aponta um trecho da acusação, teria indicado diretamente e recebido vantagem a partir da nomeação de 12 servidores para a Câmara Municipal, totalizando o recebimento irregular de supostamente R$ 133,5 mil.
O dinheiro todo, segundo a denúncia, era sacado pelos servidores logo após o recebimento do salário – o que sugere que haveria uma repartição dos valores.