rincipais alterações no visual da Renault Oroch 2023 estão no para-choques dianteiro com design mais robusto. Modelo também traz rodas exclusivas – Foto: Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem
Carreira independente. Assim se pode descrever o novo rumo que a picape monobloco Oroch, mostrada ontem 12 pela Renault, segue a partir da linha 2023. Com história seis meses mais antiga que a Fiat Toro, a então Duster Oroch lançada em 2015 ganhava nome composto que a diferenciava do Sport Utility Vehicle (SUV) Duster. Agora, a caminhonete que chega em três versões cujos preços variam de R$ 105.800 a R$ 137.100 segue carreira solo e traz novidades.
E este novo caminho pode ser visto no desenho da carroceria. Em um primeiro momento, nota-se que o visual foi remodelado de forma modesta. Apenas o para-choques dianteiro, com aspecto mais robusto, denuncia que a caminhonete recebeu alterações. Ao contrário do SUV, que teve mudanças mais profundas, inclusive na plataforma, e que a marca faz questão de ressaltar como uma nova geração.
Mas a principal novidade que dá fôlego à picape da Renault não fica exposta. É necessário levantar o capô da versão Outsider, a topo de linha. Ali está o motor turbo 1.3 TCe Flex, com 170 cv à 5.500 rpm e 27,5 kgfm de torque entre 1.600 e 3.750 rpm, que já equipa a nova geração do Duster e também o Captur.
De acordo com a Renault, entre as principais características do motor estão injeção direta de combustível; turbocompressor com pressão máxima de 1.4 bar e também duplo eixo do comando de válvulas no cabeçote com temporização variável das válvulas de admissão e escape, comandada de forma eletrônica. Isso permite uma variação contínua dos ângulos de abertura e fechamento das válvulas, garantindo melhor performance e menor consumo de combustível.
Esse bloco, aliás, é combinado com a trasnsmissão automática CVT de oito velocidades. É possível trocar as marchas de forma manual na alavanca. De acordo com dados divulgados pela fabricante, com gasolina, o consumo na estrada é de 11 km/l e na cidade de 10,5 km/l. Com etanol, o consumo é de 7,8 km/l no percurso rodoviário e 7,4 km/l no urbano.
As outras duas versões, PRO e Intense (R$ 111.300), são movidas pelo bloco 1.6 SCe de 120 cv e 16,2 kgfm de torque. Ele oferece apenas transmissão manual de seis velocidades. De acordo com dados divulgados pela marca, o motor traz redução de até 1,8% no consumo, se comparado com o modelo anterior. O propulsor traz duplo comando de válvulas variável na admissão, injetores posicionados no cabeçote que garantem alta eficiência e bom desempenho desde as baixas rotações.
INTERIOR. Por dentro, o modelo segue clara inspiração na nova geração do Duster, ao qual tenta se desprender. Traz novo painel, laterais de porta e acabamento de bancos. O quadro de instrumentos tem novo desenho, com velocímetro digital ao centro, enquanto o volante também é novo, com acabamento escovado e botões iluminados. A versão Outsider traz acabamentos internos na cor laranja no painel e costuras dos bancos.
As versões Intense e Outsider também trazem uma grande novidade que é a nova central multimídia de 8” flutuante EasyLink, com conectividade sem fio para smartphones por meio do Android Auto e Apple CarPlay.
As versões Intense e Outsider da Oroch também recebem os retrovisores com regulagem elétrica e sensores de estacionamento de série. A versão Outsider, por sua vez, inaugura outras tecnologias de conforto e comodidade na Oroch, como o ar-condicionado digital automático, câmera de ré, sensor crepuscular, que permite o acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, e também a iluminação Follow Me Home, que mantém os faróis acesos por períodos configuráveis de 30 a 120 segundos.
Em termos de segurança, todas as versões oferecem controles de tração e estabilidade de série. Em compensação, traz airbags duplos para todas as configurações. Bola fora da Renault, que oferece quatro airbags de série para modelos mais baratos, como Kwid e Sandero.
A caçamba tem capacidade para 683 litros e pode carregar cargas de até 680 kg na versão mais básica e 650 kg na Intense e na Outsider. Capota marítima e proteção de caçamba são de série. Os preços evidenciam a estratégia da marca: pegar o consumidor da Fiat Strada (cuja versão mais cara chega aos R$ 119.690) que quer subir de andar, mas sem pagar o preço que a Fiat Toro – a partir de R$ 138.390 – cobra.
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