Lisboa é um sucesso entre os brasileiros e os baianos não ficam de fora. A cidade foi o destino internacional mais buscado no estado em 2023, de acordo com o site de pesquisas por passagens aéreas Kayak. No mesmo ano, Salvador ocupou a sexta posição do ranking de cidades brasileiras que mais procurou pela capital portuguesa. Para quem quer descobrir o que o local tem de atrativo, mas fugir das rotas turísticas tradicionais, o CORREIO fez um compilado de quatro passeios improváveis e imperdíveis.
Ainda de acordo com o Kayak, março foi o mês que registrou o segundo menor preço de passagens para o destino em 2023. Até maio de 2024, é possível encontrar voos de ida e volta a partir de R$4.095 (valor abaixo da média do ano passado, que registrou R$4.871 para o mesmo mês). Junho e julho são os meses mais caros, passando dos R$6 mil.
Escondidas dentro do maior parque do centro de Lisboa, estão estufas que abrigam paisagens surpreendentes e convidam a uma imersão na floresta no meio da cidade. O local, que fica no Parque Eduardo VII, é o jardim de uma antiga pedreira que começou a ser plantado em 1910.
São mais de 300 espécies de plantas de diversos continentes. Cada uma leva uma plaquinha de identificação e também há QR Codes espalhados que ajudam a contar a história do lugar. Elas ficam divididas em três estufas: uma fria, uma aquecida e uma exclusiva para suculentas. Fontes de água e caminhos de pedras dispostos entre as plantas complementam a imersão e rendem belas fotos.
Serviço:
Endereço: Entrada pela Rua Castilho, próximo à Praça Marquês de Pombal
Horário de funcionamento: Verão – terça a domino das 10h às 19h / Inverno – terça a domingo das 9h às 17h
Preços: Entrada simples – 3,50 / Estudante e aposentado – 1,75 / Menores de 6 anos e pessoas com deficiência com grau de incapacidade superior a 70% – gratuito / Domingos e feriados até às 14h – gratuito
Site: estufafria.lisboa.pt
O antigo percurso da água em Lisboa pode ser explorado através da visita a alguns dos monumentos e edifícios, construídos entre os séculos XVIII e XIX, que integram o Museu da Água: Aqueduto das Águas Livres, Galeria do Loreto e Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras. As obras aconteceram no século XVIII, por encomenda do Rei de Portugal D. João V, e formam um dos maiores equipamentos hidráulicos do Ocidente.
No Aqueduto, que servia de captação e fica a 65 metros de altura, é possível desfrutar a vista do alto. Ao todo, ele possui cerca de 32 km e até passa de Lisboa, mas o trecho liberado para visita tem cerca de 2 km. No Reservatório, fica um tanque de 7,5 metros de profundidade com capacidade para mais de 5 mil litros. A superfície parece um grande vidro e, só com o impacto no chão do movimento de pessoas, é possível ter certeza de que os olhos foram enganados. Do tanque, emergem quatro colunas que sustentam um teto de abóbadas de aresta que, por sua vez, suporta o magnífico terraço panorâmico sobre a cidade de Lisboa.
A Galeria Subterrânea do Loreto, com cenário de filme, tinha como função fornecer água a chafarizes e estabelecimentos públicos. Construída em 1746, tem percurso aberto a visitas da Casa do Registro, na Rua das Amoreiras, até o Miradouro de São Pedro de Alcântara. A visita implica em uma hora de caminhada e o local é escuro, estreito e com teto baixo, fazendo o visitante perder a noção de distância. Há saídas antes do destino final, em caso de necessidade, e sempre a companhia de um guia, que explica toda a história do fornecimento de água da cidade.
Serviço:
Reservatório: Praça das Amoreiras, 10 / Terça a domingo, de 10h às 17h30
Aqueduto: Calçada da Quintinha, 6 / Terça a domingo, de 10h às 17h30
Galeria: Praça das Amoreiras, 10 / Visitas acontecem aos sábados e precisam ser agendadas através do e-mail [email protected]
Preços: visita padrão – 4 euros / visita guiada – 6 euros (estudantes e idosos têm 50% de desconto e a visita é gratuita para crianças e jovens menores de 17 anos e com mobilidade reduzida e para todos no primeiro domingo do mês)
Site: www.epal.pt / Instagram: @museuagua
Diogo Alves é tido como o maior serial killer da história de Lisboa. Famoso por roubar pessoas e atirá-las de uma grande altura e um dos locais de atuação era o Aqueduto das Águas Livres. Ele foi condenado à pena de morte e decaptado, acumulando cerca de 70 vítimas. Sua cabeça, juntamente com a de outros criminosos, foi encaminhada para estudos que tentavam encontrar um padrão de características para o perfil de comportamento.
As pesquisas não tiveram êxito, mas a cabeça de Diogo Alves foi preservada e hoje fica exposta para visitantes fãs dos mistérios do mundo dos crimes cruéis. A visita é feita no Instituto de Anatomia Henrique de Vilhena, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que divide a entrada com o Hospital Universitário Santa Maria.
Serviço:
Endereço: Avenida Professor Egas Moniz, 1649-028 Lisboa
Horário: É preciso agendar a ida através do e-mail [email protected] ou do telefone +351 21 798 5100
Valor: Gratuito
No início da Rua de São Pedro, no bairro de Alfama, o som chama a atenção e os olhos ficam procurando de onde ele vem. No segundo andar de uma casa estreita no modelo das que encontramos no Pelourinho, em Salvador, acontece toda sexta-feira a festa Sambalfama.
O início é ritmo, mas o samba vai conquistando os presentes que, surpreendentemente, são, em maioria, portugueses. Alguns brasileiros se misturam ao público – que fica envolta de uma mesa onde ficam os músicos -, mas ainda assim chamam a atenção pela habilidade da dança.
Serviço:
Endereço: Rua de São Pedro, 1100-345
Horário: às sextas, das 20h às 23h (happy hour até às 21h)
Valor: entrada – 5 euros / cerveja (copo pequeno no happy hour) – 1,50 euro, cerveja (copo grande no happy hour) – 3 euros / *é cobrado um euro por copo, que pode ser levado para casa Instagram: @sambalfama