Tudo indica que a ideia da reabertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), na Câmara Municipal, para investigar contratos da Prefeitura do Natal, alvo de uma operação no último dia 1 de julho, não vá sair do papel.
No segundo dia de retorno dos trabalhos na Câmara pós recesso do meio do ano, o assunto ainda não foi citado. Para a instalação da comissão, serão necessárias a assinaturas de 10 dos 29 parlamentares, más até o momento, apenas 7 parlamentares assinaram o requerimento.
Vale salientar que dos 29 vereadores, 24 são da base do prefeito, o que torna quase impossível a tramitação da CEI na casa. Em contato com o Agora RN, maioria dos vereadores da base, afirmaram que até o momento não há indícios concretos que possa justificar uma investigação pela casa. Enquanto isso os vereadores de oposição seguem na luta para tentar as 10 assinaturas.
O vereador Robério Paulino (PSOL-Natal) disse que “há um burburinho na base da maioria, mas nada certo”.
Operação Rebotalho desencadeou a possibilidade de reabertura da Comissão
A Polícia Federal fez operação na manhã na Secretaria Municipal de Saúde de Natal no dia 1 de julho. A Controladoria Geral da União (CGU) investiga a compra de ventiladores pulmonares para o Hospital de Campanha. O trabalho foi realizado em parceria com o Ministério Público Federal (MPF).
O objetivo é apurar irregularidades ocorridas na compra de ventiladores pulmonares para utilização no Hospital de Campanha de Natal. A investigação aponta para irregularidades ocorridas na aquisição de 20 ventiladores pulmonares pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal, no valor de R$ 2.160.000, que seriam utilizados no Hospital de Campanha da capital. Os levantamentos indicaram que os equipamentos comprados tinham origem e qualidade duvidosas e alguns já apresentaram defeitos por ocasião da entrega.
Também foi constatado pela Operação Rebotalho que a vida útil dos ventiladores pulmonares já se encontrava, quase na sua totalidade, expirada e que alguns equipamentos adquiridos haviam sido descartados por instituições/hospitais por serem obsoletos ou inservíveis.