Sem acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), os servidores da rede municipal de educação decidiram rejeitar a proposta de reajuste salarial apresentada pelo município e aprovaram, nesta quarta-feira (17), indicativo de greve até o próximo dia 6 de fevereiro, quando a categoria deve se reunir em assembleia para definir os rumos do movimento. A decisão, anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), sinaliza um risco de que seja anunciada paralisação no dia seguinte ao início do ano letivo, marcado para 5 de fevereiro.
A PBH havia proposto aumento de 8,04% (pagos em duas parcelas, em 2024 e 2025), o que foi descartado pelos funcionários. Sem acordo com o Executivo, o Sind-Rede acionou a Câmara Municipal de Belo Horizonte e busca apoio dos vereadores para pressionar pelo aumento. Segundo a entidade, além do pedido de pagamento dos 8,04% integralmente em 2024, os servidores exigem a aplicação do reajuste de 3,62% do Piso Nacional Educacional 2024 em todos os níveis das carreiras, tanto para profissionais ativos, quanto para aposentados.
“A PBH propõe o mesmo reajuste proposto para as outras categorias. O problema é que hoje a PBH sequer paga o piso nacional do magistério para os professores Paga metade do valor do Piso a partir de uma ideia de proporcionalidade que é absurda”, reclama a diretora do SindRede Flávia Silvestre.
Segundo a sindicalista, a categoria pede a verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) “seja utilizada também para valorização dos profissionais”. “Belo Horizonte é uma cidade rica e o dinheiro que deveria ser garantido para o pagamento do piso na sua Integralidade tá sendo utilizado para compra de apostilas de 23 milhões de reais e obras como reforma de praças e campinhos”, acusa Flávia.
A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda retorno.