Glauber Carvalho veio para Natal em 2005 e já passou por vários hospitais – Foto: Divulgação
O cuidado com a saúde e o bem-estar já deixaram de ser prerrogativas apenas das mulheres. Há tempos, os homens abandonaram o estereótipo de “relaxados” e partiram em busca da elevação da autoestima. Nesse cenário, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), os procedimentos estéticos começaram a se tornar mais populares entre os homens.
Os transplantes capilares, por exemplo, estão em segundo lugar entre os tratamentos mais realizados por eles e a procura masculina no segmento da beleza, incluindo estética capilar, cresceu cerca de 30% durante a pandemia da Covid-19.
No Rio Grande do Norte, o cenário não é diferente. Nos últimos anos, a cirurgia tornou-se mais acessível e virou febre entre os que valorizam o autocuidado. O cirurgião plástico Glauber Carvalho, especialista na área, realizou a operação em mais de mil pacientes somente no ano passado.
Responsável pela clínica que leva o próprio nome, em Natal, Glauber Carvalho utiliza a técnica de extração de unidade folicular (FUE, do inglês follicular unit extraction). “Traz uma naturalidade que todo mundo quer. Antigamente, o transplante capilar tinha aspecto de cabelo de boneca, com pouca densidade. Hoje isso mudou. A técnica também oferece um custo menor, tornando o tratamento disponível para mais pessoas”, pontuou o médico, em entrevista ao Agora RN.
O cirurgião realiza essa técnica há 5 anos. Segundo ele, em um paciente com calvície inicial, de grau 3 ou 4, o índice de sucesso do transplante é de 100%. Já em uma calvície mais avançada, o aspecto do transplante é um pouco mais ralo, mas mesmo assim a satisfação dos pacientes é muito alta.
“Operei milhares de pacientes que obtiveram os resultados mais naturais possíveis. Pessoas de diversos estados brasileiros já fizeram a cirurgia comigo, tanto personalidades da mídia quanto artistas, como Raí Saia Rodada, que operou recentemente”, contou Glauber.
No entanto, vale ressaltar que a escolha do profissional, da equipe e da unidade hospitalar para realizar o procedimento é essencial para uma cirurgia bem sucedida. “Hoje em dia o transplante se popularizou muito, até um pouco mais do que deveria. Isso pode fazer com que as estruturas mínimas para esse atendimento não sejam respeitadas. As redes sociais também fazem com que o paciente corra alguns riscos, de cair em mãos de aventureiros e pessoas não tão qualificadas”, revelou ele.
“Assim, a dica é procurar indicações de pessoas que já fizeram o procedimento que você deseja fazer. Somos mais exigentes, buscamos sempre ótimos resultados, mas é preciso que as expectativas também estejam alinhadas à realidade”, frisou Glauber.
Perfil. Cearense, Glauber Carvalho é cirurgião plástico formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Chegou na capital potiguar em 2005 para ser diretor de um hospital privado. Trabalhou no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e na Liga Contra o Câncer. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, assim como da Sociedade Americana.
Em 2006, abriu sua primeira clínica em Natal. Anos depois, em 2019, fez uma reformulação e inaugurou a nova unidade na Av. Romualdo Galvão, no bairro de Lagoa Nova. Com dificuldades para encontrar uma rede hospitalar para realizar transplantes capilares, resolveu investir em um ‘hospital dia’. O ambiente tem toda a estrutura de um hospital convencional, como farmácia, centro de esterilização de materiais, entre outros.
Assim, a clínica de Glauber Carvalho funciona com um serviço de saúde integrado, contando com a presença de farmacêuticos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas para a realização de todas as cirurgias plásticas que possam dar alta no mesmo dia aos pacientes. Cirurgias mais complexas são realizadas em outras unidades hospitalares.
O transplante capilar é o carro-chefe da clínica. Porém, o objetivo é expandir e aumentar o movimento de cirurgias plásticas de mama e de orelha, por exemplo. “Me sinto feliz e honrado com meu trabalho, construí um vínculo de amizade com muitas pessoas e mudei a realidade de tantos pacientes. Valeu a pena ter estudado tanto para chegar até aqui”, afirmou Glauber.