Mercado em baixa: potencial baiano é o segundo pior do país
O indicador é avaliado com base no tamanho do PIB de cada estado, comprometimento de renda, qualidade de crédito, volume de crédito e inadimplência
Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 10:00
O potencial de mercado da Bahia é o segundo pior do país, atrás somente do Distrito Federal, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios 2023, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
Um dos dez pilares do levantamento, o potencial de mercado é avaliado com base no tamanho do PIB de cada estado, comprometimento de renda, qualidade de crédito, volume de crédito e inadimplência. Estados com economia mais dinâmica, como explica o próprio documento do CLP, abrem mais oportunidades de investimento, gerando “um ciclo virtuoso de competitividade e desenvolvimento econômico”.
De acordo com o gerente do Observatório da Indústria da FIEB, Ricardo Kawabe, o Potencial de Mercado da Bahia indicou que a taxa de crescimento da economia, a qualidade do crédito para pessoa física e o tamanho do mercado foram os indicadores que ficaram abaixo da mediana no país.
Para o consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia, Guilherme Dietze, os dados da Bahia neste relatório sempre se mostram de uma forma negativa. Há quatro anos o consultor comenta sobre as edições do relatório e as mudanças não são grandes.
“Quando você tem um capital humano muito ruim, no sentido de baixa escolaridade, que não consegue ter uma aposta de dependência de programas de transferência de renda ou que tem uma renda muito baixa, então você não tem acesso ao crédito facilitado. As pessoas não têm como comprar pelo crédito formal, porque não tem como garantir o retorno baseado na renda. Então é um centro negativo, não é virtuoso. Eu imagino que ano que vem, a resposta será a mesma. É uma situação que a gente espera que mude com o investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Build Your Dreams (BYD) na região”, explicou.
*Com orientação da subeditora Monique Lôbo