A investigação liderada pela Polícia Civil de Alagoas para apurar o furto ao apartamento do influencer Carlinhos Maia chegou acredita que o crime foi encomendado e planejado há um bom tempo. O indício que leva as autoridades a crerem nisso é que a câmera de segurança principal, a do corredor que dá acesso ao apartamento, localizado em um luxuoso prédio no bairro de Cruz das Almas, em Maceió, foi desconectada há pelo menos 15 dias.
Segundo o g1, 15 dias é exatamente o prazo para que as imagens sejam apagadas automaticamente do servidor. Ao realizarem a desativação neste prazo, fica impossível saber quem desconectou o equipamento.
Além da câmera do 3º andar onde vive Carlinhos estar desconectada, outra, no térreo, estava desligada.
Os armários do quarto foram revirados enquanto, de acordo com a polícia, os ladrões, que são de fora do estado, procuravam os objetos “encomendados”: o relógio mais caro – avaliado em R$ 1 milhão – e um colar de 36 diamantes – de R$ 1,5 milhão.
Eles estavam no cofre com algumas outras joias e os bandidos saíram com cofre e tudo. O alvo era tão definido que ficaram para trás outros seis relógios também valiosos.
“Uma coisa é clara para nós: eles têm uma expertise e têm uma qualificação diferenciada para agir em crimes dessa natureza”, afirmou ao g1 Gustavo Xavier do Nascimento, delegado geral da Polícia Civil de Alagoas.
Crime foi praticado por casal
Se o circuito interno foi desativado, imagens das câmeras de segurança do prédio foram divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo. Nela, é possível ver dois criminosos passando pela garagem do edifício. Os ladrões, ainda não identificados, aparecem com o corpo todo coberto, com chapéu, máscara e luvas.
O porteiro só tinha acesso a imagens de 16 câmeras. As outras, embora ligadas, não estariam canalizadas no monitor dele. Mas um alarme – do sensor de presença – tocou. A polícia acredita que dupla pode ter conseguido “informação privilegiada” para entrar no prédio.
“O porteiro disse que – como outros casos de acionamento por animais ou até pela sensibilidade mesmo do dispositivo -, ele achou que era mais uma dessas situações e não se preocupou em olhar. Nós temos tido o cuidado de saber se isso é só uma falha humana e ou se é um envolvimento de pessoas ali que trabalhavam no edifício, pessoas ligadas ao Carlinhos Maia” disse ao g1 o delegado Lucimério Campos.