Militares foram informados por representantes ligados à Conmebol que apenas quem estava com o teste negativo da Covid-19 poderia permanecer nas imediações do gramado
Policias militares que escoltaram as delegações do Atlético e do Boca Juniors para o Mineirão, em Belo Horizonte, foram retirados da parte interna do estádio, conforme registrado em boletim de ocorrência pela Polícia Militar após a partida na noite dessa terça-feira (20), que terminou em uma grande confusão entre membros do Boca e seguranças do local, sobretudo. O comandante do policiamento do evento chegou a alertar da possibilidade de possíveis confrontos, mas, mesmo assim, os agentes precisaram permanecer na parte externa.
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De acordo com o registro policial, um homem que se apresentou como segurança do evento por parte da Conmebol foi até o capitão da polícia e dispensou o efetivo alegando que “pelo regulamento da competição e protocolo da Conmebol, somente pessoas com teste negativo (da Covid-19) em mãos poderiam permanecer nas imediações do campo”.
Ainda conforme o registro policial, o mesmo homem informou ao comandante que havia acertado toda a questão da segurança interna em reunião prévia da Conmebol. Sendo assim, a segurança dos árbitros e dos jogadores seria realizada por seguranças privados contratados pelo Atlético e que eles já se encontravam nas imediações do campo.
Ao reafirmar da possibilidade de confronto, o representante da Conmebol disse, mais uma vez, que os militares não poderiam permanecer nas imediações do gramado.
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“Nesse momento, os policiais do Batalhão de Choque escalados para a partida foram retirados do interior do estádio e encaminhados para o lado externo, para auxilio ao policiamento externo”, detalha um dos trechos do boletim.
Após o fim da partida, e o início da briga, os militares foram acionados para conter a confusão interna. Foi usado gás lacrimogêneo.
A confusão após a derrota para o Galo na Libertadores terminou com jogadores e integrantes da comissão técnica do Boca Juniors detidos em Belo Horizonte. Toda a delegação passou a madrugada na Deplan 4, onde os envolvidos prestam depoimento.
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