Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira, de 44 anos, foi uma das sete vítimas da queda de um avião monomotor em Itapeva, no Sul de Minas, nesse domingo (28 de janeiro), Piloto há 12 anos, o profissional deixa uma esposa e duas filhas pequenas, sendo uma garota de 5 anos e um bebê de apenas 5 meses.
As informações foram divulgadas por meio de uma nota pela família do piloto. No texto, além de lamentar a “perda irreparável” do ente querido, os familiares também prestaram condolências à família das outras seis vítimas do acidente.
“Geberson, de 44 anos, trilhou uma carreira de mais de 12 anos de profissão, sempre guiado pela responsabilidade e pelo bem do outro”, detalhou a nota.
“Morreu um grande filho, um grande irmão, um grande marido, um excelente pai, um excelente profissional, totalmente dedicado a todos. Temos a certeza de que nosso querido Geberson descansa nos braços do Pai”, concluiu a família.
A família do piloto, que é de Belo Horizonte, não divulgará informações sobre o velório, que deverá ser realizado em uma cerimônia privada apenas para familiares e amigos mais próximos.
O acidente
Além de Geberson e do co-piloto, Gabriel de Almeida Quintão Araújo, de 25 anos, na queda do avião morreram dois sócios do mercado financeiro suas esposas, e uma criança de 2 anos, filha de um dos casais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, antes de cair, a aeronave se despedaçou no ar, o que é raro. Destroços foram encontrados distantes do local da queda. Após a tragédia, mensagens de luto e solidariedade tomaram as redes sociais.
O avião não tinha autorização para realizar táxi aéreo e podia oferecer o serviço apenas de forma privada. Conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a situação de navegabilidade do avião estava normal. A aeronave foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investiga o caso.
Saiba quem são as vítimas
- Marcílio Franco da Silveira, 42 anos
Marcílio era sócio da empresa Credfranco e presidente da Associação Nacional das Empresas Correspondentes Bancárias (ANEC). Nas redes sociais, ele se descrevia como um “apaixonado por cavalos”.
A ANEC prestou homenagem por meio de nota, dizendo que o empresário “deixa um legado de trabalho e dedicação que será sempre lembrado por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo”. Marcílio estava no avião acompanhado de sua esposa, Raquel, e do filho, Antônio, de 2 anos.
- André Rodrigues do Amaral, 40 anos
André era sócio da empresa Credfranco, junto com Marcílio, e fazia parte do Conselho da ANEC desde a sua fundação. Em nota de pesar divulgada pela Credfranco, André foi lembrado como quem deixa um “legado de empreendedorismo, liderança e humanidade”.
Aos sócios, a empresa decretou luto nesta segunda-feira (29 de janeiro). “Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências e solidariedade à família, amigos e a todos que compartilham conosco este momento de tristeza e reflexão”.
- Raquel Souza Neves Silveira, 40 anos, esposa de Marcílio
- Antônio Neves Silveira, de 2 anos, filho de Marcílio e Raquel
- Fernanda Luísa Costa Amaral, esposa de André, de 38 anos
- Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira, 44 anos, piloto do avião
Piloto profissional há 12 anos, Geberson deixa mulher e duas filhas de 5 anos e 9 meses.
- Gabriel de Almeida Quintão Araújo, de 25 anos, copiloto
Amigos de Gabriel disseram que ele era “apaixonado” pela aviação e “respirava” esse mundo 24 horas. “Ele ficava horas no aeroporto. Era uma pessoa muito simples, dedicada. Tinha 25 anos e sabia tudo e mais um pouco da aviação. Era muito apegado à família, um pai incrível, menino bacana, bem criado. A mãe está arrasada”, disse um amigo de Gabriel.
O jovem era sobrinho do Euler Araújo, integrante do Conselho de Administração do time do América. Na madrugada desta segunda-feira (29 de janeiro), o América Futebol Clube publicou um vídeo dos jogadores rezando, ao final da partida contra o Ipatinga, pelo Campeonato Mineiro, em condolências pela perda do sobrinho do dirigente Euler Araújo no acidente aéreo de Itapeva.
“Nós somos uma família. A gente parabenizou e premiou o presidente (do time, que fez aniversário), mas, ao mesmo tempo, vamos orar pela perda do Euler, que Deus conforte a família, que Deus conforte os corações”, disse o técnico Cauan de Almeida.