Passarela está “caindo aos pedaços”. Foto: Ney Douglas/Agora RN
A passarela localizada na Avenida Nevaldo Rocha, antiga Bernardo Vieira, na altura das Quintas, está interditada há anos e segue se deteriorando. O equipamento público está em avançado estado de corrosão e preocupa moradores da região, assim como pedestres que precisam passar pelo local.
Nesta semana, pedaços de ferro caíram e a população pediu a retirada ou reforma completa do equipamento. O repórter do AGORA RN Ney Douglas foi ao local para averiguar a situação. A estrutura não conta com grades de proteção nem corrimãos de apoio, ficando totalmente aberta e podendo ocasionar quedas de quem ainda se arrisca a passar por lá.
Nayara é vendedora e trabalha ao lado da passarela. À reportagem, ela contou que a situação da estrutura piora a cada dia. “Tem muitas crianças que sobem e fazem força, quando o vento bate, parece que elas vão cair. Já fizeram reportagem aqui e é um perigo muito grande. Os idosos precisam passar por baixo da passarela, inclusive teve uma senhora que o carro parou já em cima dela. Eles [gestão municipal] vieram aqui, colocaram as placas [de interdição] e não fizeram mais nada”, disse.
Matheus Levi contou que utilizava a passarela antes. “Mas agora passo pela rua e é muito difícil e arriscado, os carros não param. É uma situação desagradável”, frisou o jovem. A passarela é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU). A reportagem entrou em contato com a pasta, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Em dezembro de 2018, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RN) recomendaram a interdição da passarela. Na época, foram detectados diversos pontos comprometidos e a situação já era crítica devido ao tráfego diário de veículos.
“A ausência de guarda-corpo é um perigo para as pessoas que utilizam esse equipamento. Sem falar nos diversos pontos detectados com corrosão e que podem causar sérios danos à sociedade”, argumentou o coordenador da Câmara de Mecânica do Crea-RN, Márcio Sá.
Segundo Marcos, em 2018 já havia a deterioração de colunas e travessas nas conexões que sustentam a passarela. “É um equipamento antigo que não tem recebido a manutenção adequada. Na verdade, da forma em que se encontra, não sei se já recebeu algum tipo de restauração desde sua inauguração”, disse.
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