O Palmeiras afirmou que está estudando medidas legais contra Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, por ter chamado o técnico Abel Ferreira de “português de merda” após o empate por 1 a 1 no Morumbi, no domingo.
“Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos”, afirma nota divulgada pelo Palmeiras. “Repudiamos qualquer tipo de discriminação, ainda mais ofensas que incitem aversão a estrangeiros.”
Vídeos mostram Belmonte reclamando, de maneira exaltada, com o árbitro do clássico, Matheus Delgado Candançan, quando xinga o técnico português. O São Paulo alega que o jogador do Palmeiras, Richard Ríos, deveria ter sido expulso após falta em Pablo Maia e que o time teve um pênalti não marcado em Luciano.
Após também confrontar Candançan, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, afirmou que Abel apita jogos do Paulista. O fato também foi citado no comunicado do Palmeiras. “Lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Júlio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira.”
O Palmeiras classificou o comportamento de Casares como “inadequado e incompatível” e afirma que “o desequilíbrio, a insensatez e a histeria” potencializam a violência.
A nota cita ainda o ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza e a morte de um torcedor em Belo Horizonte. “Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.” (Estadão Conteúdo)