A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (20) um mandado de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em uma operação para combater uma quadrilha acusada de fraudes licitatórias envolvendo verbas da estatal federal Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Segundo a PF, a organização criminosa desviava recursos públicos e cometia lavagem de dinheiro através das fraudes nas licitações. O esquema já tinha sido inevstigado pela Polícia Civil do Maranhão em 2015, na cidade de Dom Pedro.
“Após a referida operação policial, notou-se que o esquema criminoso não recuou, ao contrário, acabou crescendo exponencialmente nos anos posteriores, alterando, apenas, a origem da verba desviada — que passou a ser federal”, diz nota da Polícia Federal.
Empresas de fachada eram constituídas para competir entre si, sempre vencendo as licitações a empresa principal do grupo, a construtora Construservice, que já tinha contratos grandes com a Codevasf. O empresário Eduardo José Barros Costa, apontado como sócio oculto da empreiteira, foi preso temporariamente. Mais de R$ 1 milhão foi apreendido.
O investigado principal era conhecido como Imperador e por isso a operação da PF recebeu o nome Odoacro, referência ao sobrenome do soldado italiano que comandou uma revolta que ajudou a pôr fim ao Império Romano.