A Operação Átria é a maior já realizada no país com o objetivo de promover medidas preventivas e de combate aos crimes de violência de gênero no Brasil. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) divulgou, em meio às celebrações pelo Dia Internacional da Mulher, o primeiro balanço da operação, que foi deflagrada nacionalmente no início do mês. No Rio Grande do Norte, foram realizadas 990 diligências, resultando em 33 prisões e na apreensão de quatro armas brancas.
Cerca de 160 policiais, agentes e servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e do Instituto Técnico-Científico de Perícia estão participando das atividades no estado. Durante as ações, 161 mulheres vítimas de violência física e/ou psicológica foram atendidas, seis foram resgatadas e 49 medidas protetivas de urgência foram solicitadas.
Além disso, foram realizadas 45 ações educativas, incluindo 30 panfletagens e 15 palestras em escolas e unidades de saúde.
O Dia D da Operação Átria ocorreu nesta sexta-feira, com mandados de prisão sendo cumpridos em Mossoró e Pau dos Ferros. Destaque para o resgate de uma adolescente de 16 anos que estava sendo explorada sexualmente em um bar em Pau dos Ferros. O estabelecimento, que funcionava como uma casa de prostituição, foi fechado pela Polícia Civil.
A Operação Átria foi deflagrada no dia 1º de março e está programada para seguir até o dia 29. O objetivo é promover medidas preventivas e de combate aos crimes de violência de gênero, sendo coordenada pela SESED no Rio Grande do Norte, com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade da Polícia Civil é o ponto focal da coordenação, responsável pelo planejamento e execução das ações, além de articular as forças de segurança e a rede de proteção, monitorando e acompanhando as atividades.
“A novidade deste ano é a integração entre as forças. Estamos unidos com um objetivo em comum, que é combater a violência contra a mulher”, afirmou Helena De Paula, diretora do Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade.
A denominação da Operação Átria faz referência à principal estrela da constelação “Triângulo Austral”, no hemisfério estelar sul. Essa estrela tem destaque na bandeira do Brasil e simboliza a ideia de reposicionar mulheres agredidas, tirando-as da condição de vítimas e devolvendo-as ao seu lugar na sociedade.