Dona de dois bronzes olímpicos, judoca encara os jogos pela quarta vez e vai em busca do primeiro ouro
Dona de dois bronzes e vivendo a experiência de disputar a quarta Olimpíadas da carreira, a judoca Mayra Aguiar chega a Tóquio em um momento especial: estando completamente recuperada de uma lesão no joelho e mentalmente preparada para a competição.
Uma lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo durante o período de treinamentos do Missão Europa, em setembro do ano passado, colocou a ida de Mayra aos jogos olímpicos em cheque. A atleta precisou passar por cirurgia em novembro e o tempo de recuperação total era estimado em seis meses.
A oito dias de estrear no tatame da Arena Nippon Budokan, a brasileira relembrou as pequenas conquistas ao longo do processo de reabilitação e destacou como os preciosos passos, na época, a ajudaram a encarar a realidade do procedimento e da realidade que viria pela frente.
“Foi uma superação de novo. Eu não sei se é bom ou se é ruim, mas eu estou acostumada a passar por esse tipo de coisa. Essa foi a minha sétima cirurgia, então eu já sei o caminho que é a recuperação de uma lesão, uma lesão dura de recuperar, é uma lesão que leva meses, mas graças a Deus estou me sentindo muito bem, acho que estou na melhor fase da recuperação e a cada semana eu me sinto melhor e isso me motiva, acho que é essa a minha maior motivação: eu ver a melhora. Desde o começo da cirurgia, desde que eu comecei a sair dali, as pequenas coisas, as pequenas vitórias, era ali que eu me agarrava. Hoje eu estou no meu melhor momento. Por tudo que eu passei e superei, me sinto mais forte mentalmente”, revelou.
Presente em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, Mayra chega à quarta participação consecutiva em Olimpíadas e segue na busca pela medalha de ouro. No entanto, a judoca evidenciou um aspecto comportamental que pode fazer diferença nessa caminhada no Japão: o momento mental que vive.
“Cada competição que eu vivi, foi uma experiência que eu adquiri, principalmente nas competições que eu perdi, eu adquiri muito mais experiência, evoluí muito mais e minha caminhada olímpica vem desde quando eu tinha 17 para 18 anos, bastante nova, já senti aquela pressão, já senti o que era aquele ambiente dos jogos. Eu acho que esse é o diferencial que mais impacta e que me faz viver de uma maneira mais tranquila. A ansiedade vai ter, mas hoje eu consigo controlar isso, consigo equilibrar. E isso era uma coisa que eu sentia bastante, eu senti muito em Pequim e senti em Londres também, apesar de ter vindo a medalha, mas no Rio eu já consegui viver uma experiência totalmente diferente, eu consegui aproveitar aquilo”, enfatizou.
Mayra entra em cena nas Olimpíadas de Tóquio no dia 28 de julho, às 23h (Brasília), pela categoria de até 78kg.
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