Ter um esportivo na garagem é o sonho de muitos apaixonados por automóveis. Mas esses carros são mais caros e o céu é o limite quando se trata de marcas cultadas nesse cenário, como Bugatti, Ferrari, Lamborghini e McLaren, por exemplo.
Mas existem outras opções, desde modelos convencionais esportivados, como é o caso de Renault Sandero e Volkswagen Polo em suas configurações mais potentes. Assim, mesmo não sendo uma pechincha, é possível ter uma boa experiência a bordo de um Sandero R.S., modelo mais barato dessa lista.
Renault Sandero RS
Para ser um R.S., sigla de Renault Sport, o hatchback ganhou diversos ajustes. A suspensão é especial, os freios são a disco nas quatro rodas e essa é a única versão com motor 2 litros.
Retrabalhado, o propulsor rende 145 cv com gasolina e 150 cv com etanol, sempre a 5.750 rotações por minuto. O torque máximo, alcançado a 4 mil rpm, é de 20,2 kgfm com gasolina e 20,9 kgfm com etanol. A transmissão é manual, de seis marchas.
O carro alcança uma velocidade máxima de 202 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 8 segundos. A ótima relação peso-potência de 7,74 kg/cv contribui para esses resultados.
O Sandero R.S. é o esportivo mais barato do Brasil (Foto: José Mário Dias/ Renault) |
Volkswagen Polo GTS
Depois de fazer sucesso em versões do Gol e o Passat, a Volkswagen do Brasil voltou a oferecer modelos com a grife GTS no país. Utilizando como base o Polo Highline, a empresa fez diversos ajustes no hatch e o equipou com o motor 1.4 turbo, em substituição ao 1.0 turbo do Highline.
Já utilizado em outros modelos como Jetta e T-Cross, esse propulsor entrega 150 cv de potência a 4.500 rpm, com etanol e/ou gasolina. O torque máximo, atingido a 1.500 rpm, é de 25,5 kgfm com qualquer combustível. Esse propulsor empurra muito bem os 1.214 kg do Polo e oferece uma boa relação peso-potência de 8,09 kg/cv, ou seja, cada cv de potência leva 8,09 kg.
A transmissão é automática, de seis velocidades e o GTS conta também com modos de direção, que muda até o som do motor.
A Volkswagen ainda oferece o Virtus GTS por R$ 127.790 e o Jetta GLI, que tem um motor 2 litros turbo com 230 cv, por R$ 189.490.
A sigla GTS voltou aos Volkswagen nacionais a bordo do Polo (Foto: Murilo Góes/ VW) |
MINI John Cooper Works
A marca britânica, que atualmente é controlada pela BMW, oferece a tradicional configuração JCW ao hatch por R$ 269.990. O hatchback é equipado com um propulsor 2 litros biturbo a gasolina com potência de 231 cv e torque de 32,6 kgfm.
O fabricante informa que a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 6,1 segundos nas versões equipadas com câmbio automático de oito velocidades marchas e 6,3 segundos para as variantes com transmissão manual de seis marchas. A velocidade máxima é de 246 km/h.
A configuração JCW é a mais potente entre os MINI (Foto: BMW Group) |
Chevrolet Camaro SS
O mercado brasileiro conta com duas opções de esportivos no estilo Muscle Car e um deles é o Camaro. Aqui ele é oferecido somente na versão SS, uma das mais completas do modelo da Chevrolet.
Por R$ 397.360, ainda é um carro da linha 2020, a empresa entrega um motor V8 de 6.2 litros aspirado que desenvolve 461 cv de potência e 62,9 kgfm de torque. O câmbio é automático de 10 velocidades, a mesma do Ford Mustang – isso mesmo, a transmissão foi desenvolvida em conjunto pelas concorrentes. A aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 4,2 segundos
Há ainda a opção conversível do Camaro, que custa R$ 444.980. Em ambos há wi-fi a bordo e são oferecidos 4 modos de condução.
O Camaro é oferecido no mercado brasileiro na configuração SS (Foto: Fabio Gonzalez / GM) |
Mercedes-AMG A35 4Matic
Assim como a Audi tem a RS e a BMW a M, a Mercedes-Benz também conta com uma divisão especial para aperfeiçoar seus produtos, a AMG.
Considerado o esportivo de entrada da divisão de alta performance alemã, é equipado com motor 2.0 turbo que rende 306 cv e 40,8 kgfm de torque. Ele é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e chegar aos 250 km/h de velocidade máxima (limitados eletronicamente).
Se dinheiro não for problema, a novidade da empresa no Brasil é o GT R, que custa R$ 2.176.900.
O Classe A hatchback preparado pela divisão AMG tem 306 cv (Foto: Daimler) |
Porsche 718 Cayman
Atualmente, a Porsche é uma empresa essencialmente esportiva. Se no passado já produziu até tratores, hoje a marca baseada em Stuttgart, no sudoeste da Alemanha, fabrica modelos referência em dirigibilidade.
Seu modelo mais barato no Brasil é o 718 Boxter, que custa a partir de R$ 475 mil. Nessa configuração, conta com 300 cv de potência, gerados pelo motor 2 litros turbo, o que permite acelerar de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. A tração é traseira e o câmbio é automático, com dupla embreagem, e sete velocidades.
Para quem quer mais, há opções que ultrapassam R$ 1 milhão. É o caso do ícone 911 Turbo S, oferecido por R$ 1.509.000 ou o elétrico Taycan, que pode ultrapassar R$ 1.079.000.
O 718 Cayman é o modelo de acesso para os carros esporte da Porsche (Foto: Porsche) |
Jaguar F-Type R-Dynamic
Uma ótima opção para um dois-lugares é o F-Type, que parte de R$ 491.950 na versão R-Dynamic. Essa configuração tem tração traseira e é equipada com um motor 2 litros turbo que entrega 300 cv de potência e 40,8 kgfm de torque. A transmissão é automática e a aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 5,7 segundos.
Com motor 3 litros (380 cv), o preço inicial passa para R$ 650.950. Em qualquer motorização há também a opção com carroceria conversível.
O F-Type é vendido no país nas carrocerias coupé e conversível (Foto: Jaguar) |
Audi RS Q3 Sportback
A Audi tem uma divisão específica para preparar seus carros e ampliar a esportividade, a RS. Na empresa sediada em Ingolstadt, na Bavária, a sigla remete a Rennsport, palavra alemã que significa simplesmente “corridas”.
Atualmente, o modelo da Audi mais acessível que conta com essa preparação especial é o RS Q3, que custa R$ 512.990. Além de várias modificações estéticas e na suspensão, ele é equipado com o propulsor 2.5 litros de 5 cilindros turbo (EA855 evo) da marca alemã. Na comparação com a geração anterior, são 60 cv a mais, chegando aos 400 cv, e 48,9 kgfm de torque, são 3 kgfm extras.
Para quem está disposto a gastar mais, uma opção da Audi é o R8 Coupé, que utiliza um propulsor V10 de 5.2 litros. Com 610 cv de potência, ele custa R$ 1.529.990.
O esportivo mais acessível da Audi no Brasil é um SUV com estilo coupé (Foto: Audi) |
Ford Mustang Mach 1
Essa é uma série especial do Mustang, que já fez parte da linha em outras três oportunidades: 1969, 1974 e 2003. A base, como aconteceu com o Black Shadow, é a mesma do GT, mas na Mach 1 as alterações são mais profundas.
Na mecânica, o motor V8 aspirado de 5 litros foi mantido, mas ganhou 17 cv, passando para 483 cv de potência. Essa recalibração foi possível graças ao incremento de componentes provenientes de versões superiores, como do Bullitt e dos modelos preparados pela Shelby, o GT350 e o GT500. Custa R$ 523.950.
A Ford está comercializando o Mustang na edição especial Mach 1 (Foto: Marcio Bruno/ Ford) |
Competição BMW M2
A BMW também tem uma estrutura voltada aos modelos de alto desempenho, a M. Vários produtos da marca recebem a insignia apenas como um kit estético, e outros a preparação completa.
A opção de entrada no universo M no Brasil é o M2 Competition, que custa inicialmente R$ 555.950. O grande diferencial fica por conta do motor turbo de 6 cilindros em linha com potência de 410 cv e 56 kgfm de torque associado ao câmbio manual de 6 marchas com estrutura reforçada.
Existem outras opções, como o tradicional M3, que custa R$ 757.950 na opção Competition (510 cv) e o M8 Gran Coupé Competition (625 cv), oferecido por R$ 1.258.950.
O M2 é o modelo mais acessível da linha de esportivos da BMW no país (Foto: BMW) |
Saudosismo
Entre os anos 1980 e 1990 a importação de veículos era menor e o mercado brasileiro era dominado por quatro grandes fabricantes: Volkswagen, Chevrolet, Ford e Fiat. Ao invés de Audi RS, BMW M e Mercedes AMG, as siglas que evocavam a esportividade eram XR3, GSI e GTS.
Os esportivos que faziam sucesso no país eram o Chevrolet Kadett GSI, o Ford Escort XR3, o Fiat Uno Turbo e VW Gol GTS. Desses carros ainda estão no mercado o Uno e o Gol, mas com apelo popular e motorizações contidas, com foco na eficiência energética.
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