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Planejamento.
O ano de 2020 passou. A pandemia ainda não.
Período sem eventos, sem amistosos, sem seleções, sem treinamentos e sem Olimpíada. Um ano praticamente perdido para o esporte e o vôlei não seria diferente.
O primeiro trimestre de 2021 foi recheado de interrogações, inclusive quanto a realização dos jogos, remarcados para julho.
Tóquio 2020 aconteceu finalmente em 2021. Evento diferenciado, sem público, sem turismo, sem troca e sem a magia de edições anteriores.
Mas aconteceu. É o que conta.
A VNL acabaria sendo decisiva na preparação para a Olimpíada. Acontece que nem todas as seleções e seus respectivos técnicos leram dessa maneira.
O evento, de primeira linha em Rimini, na Itália, era a chance, única por sinal, de estar em quadra, analisar o grupo, testar formações, tirar dúvidas e fundamentalmente jogar.
Estados Unidos e Brasil, no feminino, coincidentemente ouro e prata em Tóquio, e seleções de melhor aproveitamento no Japão, encararam a competição com seriedade e força máxima.
Não por acaso decidiram o título na Itália.
Não por acaso fizeram a final olímpica.
E nada é por acaso.
A Itália, dona da casa, ignorou a VNL. Pagou o preço e caiu nas quartas de final em Tóquio. A Rússia mesclou a seleção em Rimini e ficou pelo caminho no Japão.
A Sérvia foi bronze carregada pelo talento individual de Boskovic. Jogou a VNL com uma seleção B para C.
A China decidiu encarar a VNL com a seriedade devida do meio para o fim do torneio. Quando usou o time titular não perdeu para ninguém, batendo inclusive os Estados Unidos por 3 a 0.
Mas pagou o preço no Japão.
Menos de 2 meses depois, ficou provado que a estratégia usada por Estados Unidos e Brasil deu certo. Era a ideal e a lógica.
Quem decidiu esconder o jogo, não achou até agora.