O vôlei com conhecimento e independência jornalística
A maior rivalidade do vôlei feminino na atualidade ganhou mais um capítulo.
Podemos ter as melhores intenções e não fazer nada. Só que não corrigir nossas falhas, é o mesmo que cometer novos erros.
Foi assim o clássico entre Minas e Praia Clube.
E é entre tentativas e erros que se encontram os acertos.
Foi o caso do Praia Clube.
O Minas teve exatamente a mesma cara das últimas rodadas, ou seja, um time inseguro, abusando dos erros, sem comando e sofrendo nas mãos das ponteiras.
O retorno antecipado de Jenna Gray não foi suficiente e provou que Fran, diferente do que Nicola Negro sugeriu, não é a responsável pela má fase.
Pressionado pelo grupo, o falastrão italiano deixou Annie no banco, mas o filme se repetiu.
Pri Daroit e Peña não resolveram.
Instáveis, as duas e mais Kisy, tiveram nas mãos a oportunidade de liquidar o Praia Clube no quarto set, mas faltou competência.
A leve pipocada no quarto set, liderada pelas experientes Pri Daroit, jogadora de seleção, e Peña, é reflexo de um time sem confiança e que não responde na hora quando precisa.
Simples assim.
O Minas sentou no resultado e pagou caro.
E ainda há quem tenha coragem de responsabilizar a arbitragem.
Não.
A diferença do clássico, entre outras coisas, é que o Praia Clube tem ponteira de definição.
Sofia Kuznetsova.
O Minas não.
E mais: o Praia, por mais que não seja unanimidade entre a torcida, tem um técnico que erra como qualquer outro, mas conhece o elenco, enxerga as dificuldades e tem coragem suficiente para mudar as peças quantas vezes forem necessárias.
E o olha que Paulo Coco chegou ao clássico tão ou mais pressionado que Nicola Negro.
Por que insistir em velhos erros, se há tantos novos?
O Minas não cansa de ficar quebrando a cara com os velhos erros de sempre.
Nicola, o dono do time, quer cometer erros novos, passar por apertos diferentes, experimentar situações desconhecidas, sair da rotina e do lugar comum.
É aquilo: o medo não é de tentar de novo, e sim de ter o mesmo resultado.