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Existe o mundo real e o faz de conta.
A CBV e a seleção masculina vivem no segundo. Para eles a fantasia é a realidade enquanto continuam se iludindo.
O 7×1 para a Rússia não foi suficiente. Nada mudou depois da Olimpíada de Tóquio.
A pífia e vergonhosa campanha na VNL menos de um ano depois reflete apenas o despreparo da comissão técnica, incluíndo os asseclas, e a inacreditável passividade dos dirigentes da CBV.
Em qualquer entidade séria, Renan e o Senado já teria caído.
Só que a parceria entre eles, incluíndo Radames Lattari, o vice que ninguém vê, trava qualquer movimento.
É o famoso acordo dos bastidores. O poder não muda as pessoas, apenas revela quem é quem.
A CBV, liderada por ele, é mais responsável pela tragédia e está morrendo à deriva, sem eira nem beira.
Sem projeto, sem comando.
A maior prova foi a declaração estapafúrdia de Bruno, capitão e líder do Senado após a eliminação: ‘Temos que seguir acreditando no processo e continuar trabalhando’.
Que processo?
Onde existe trabalho?
Palavras tão imprecisas quanto a mão do levantador.
O cinismo das pessoas é algo admirável, pela capacidade de simulação, quase teatral.
A queda de Renan e os asseclas é questão de tempo, mas dependendo da escolha, não solucionaria o problema, ainda mais se for da família.
O Senado, que interfere, manda e sugere quem deve jogar, é hoje o grande obstáculo para a faxina necessária.
Bruno, Lucão e Thales, esse último protegido.
A Vaidade tem preço. É alto. Paga quem tem e, ainda mais alto, quem apenas acha que pode.
O egoísmo e a arrogância criaram muros intransponíveis.
O fundo do poço tem fim.