Rafael Motta. Foto: José Aldenir
Os números da pesquisa Exatus que esta edição do AGORA RN divulga mostra um cenário promissor para o deputado federal Rafael Motta (PSB) em sua pretensão de ser candidato a senador.
Na primeira pesquisa realizada com a inclusão do seu nome, poucos dias depois do pedido oficial do PSB, o deputado já aparece beirando os dois dígitos e abocanhando parte dos indecisos. Os números da pesquisa Exatus são uma clara demonstração de que Rafael pode ser um candidato competitivo e duelar de igual para igual com Carlos Eduardo Alves (PDT) e Rogério Marinho (PL).
O desempenho de Rafael Motta nesta pesquisa é ainda mais surpreendente se for levado em consideração que o deputado não conseguiu ainda o apoio declarado do PT, embora tenha a simpatia de alas do partido. Ele também ainda não cravou que será candidato a senador. Colocou seu nome à disposição e pediu para ser testado como uma alternativa, mas ainda não desistiu totalmente da candidatura a deputado federal.
Isto é, se Rafael, mesmo ainda com a pré-candidatura pouco consolidada e declarando sua intenção de disputar há apenas poucos dias, já aparece com esse patamar de intenção de votos, é possível que o deputado experimente um crescimento relevante quando efetivamente a campanha começar e ele se declarar candidato.
DESINTERESSE
É natural que análises sejam feitas a partir dos números das pesquisas divulgadas agora, mas um dado em especial revela que, na verdade, é muito cedo para cravar qualquer cenário. É preciso registrar que qualquer avaliação deve partir do princípio de que trata-se de uma fotografia do momento. Tudo ainda pode mudar. No caso do Senado, a pesquisa Exatus aponta que 62,8% ainda não têm candidato. Em linhas gerais, o eleitor está pouco preocupado com a eleição e só vai deixar para pensar nisso quando efetivamente a campanha começar.
VANTAGEM
A rejeição ao nome de Rogério Marinho fica clara quando a soma das intenções de voto de Carlos Eduardo e Rafael Motta dá 24 pontos percentuais a mais do que o desempenho do ex-ministro. Situação difícil a do pré-candidato do PL.
CENÁRIO INALTERADO
Os esultados da pesquisa Exatus/Agora RN são muito semelhantes aos da realizada pelo Instituto Seta e divulgada pela Band. Carlos Eduardo líder para o Senado e, para o governo, Fábio Dantas na 2ª colocação, com Styvenson Valentim em 3º.
DIFERENÇAS
As pesquisas que retrataram cenários mais diferentes foram as do Instituto Brâmane e Agora Sei, as duas divulgadas pela 96 FM. Essas duas últimas animaram o senador Styvenson Valentim a ir para a disputa para o governo, o que seria favorável para Rogério Marinho e Fábio Dantas.
MENOS INDECISOS
Chamou a atenção também na pesquisa Exatus/Agora RN a redução no número de eleitores indecisos. Os números mostram que, aos poucos, o eleitor vai definido suas preferências.
PESO DO MDB
A consolidação do cenário pró-Fátima na disputa pelo governo é atribuída por um analista consultado pela coluna pelo anúncio do MDB como aliado. O partido é o que tem mais prefeitos no Estado.
LULA E SENADO
Além da intenção de votos perto dos 10%, o deputado Rafael Motta também comemora outro dado trazido pela pesquisa Exatus/Agora RN. O levantamento mostra que o apoio do ex-presidente Lula pode ser determinante para o resultado da eleição. Isso favorece Rafael e prejudica Carlos Eduardo, que não terá como pedir voto para Lula.
DESABASTECIMENTO
Donos de postos de combustíveis do Rio Grande do Norte temem que, em breve, comece a faltar gasolina e diesel nas bombas. De acordo com o setor, a Petrobras não está dando conta da demanda, especialmente de diesel, e a importação é considerada inviável porque os preços internacionais estão muito acima do que é praticado pela empresa brasileira.
BOLSONARO VERSUS MORAES
O presidente Jair Bolsonaro apresentou ontem uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) que tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes. A base é a mesma que o presidente colocou na ação que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual acusa o ministro de abuso de autoridade. No documento encaminhado à PGR, Bolsonaro afirma que o ministro teria realizado “sucessivos ataques à democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos e garantias fundamentais”.