Milklei Leite é vereador de Natal e presidente estadual do Partido Verde. Foto: CMN
No último domingo, 1º de maio, celebramos o Dia do Trabalhador. A data foi instituída em homenagem ao protesto de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, quando trabalhadores foram às ruas para exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. É sempre um momento de reflexão, afinal o mundo se move pelas mãos de quem trabalha.
Nesse sentido, é importante lembrar da dedicação de homens e mulheres que ainda hoje se organizam e lutam por melhores condições trabalhistas. Essa é uma perspectiva símbolo do avanço civilizatório. É impossível, portanto, não citar o papel fundamental desempenhado pelas entidades sindicais, sejam elas patronais ou de empregados.
Infelizmente, diferente dos países desenvolvidos, onde a atuação dessas associações é legitimamente reconhecida, no Brasil o que aconteceu nos últimos anos é o oposto. Há uma escalada ideológica individualista que fomenta uma cultura de criminalização de sindicatos, associações e organizações não-governamentais.
O Partido Verde não coaduna com essa postura e vê com tristeza o enfraquecimento das organizações trabalhistas – o que resulta na consequente precarização do trabalho. Por outro lado, o PV também atua para que estas organizações se modernizem e se conectem com o século XXI. Por isso nos colocamos ao lado dos trabalhadores na defesa de direitos já conquistados e na luta por melhorias.
Nós do PV acreditamos também que é urgente avançarmos em novas discussões, trazendo para o debate das novas relações do trabalho a perspectiva de um novo modelo econômico, fundamentado na inclusão das pessoas na distribuição equitativa de riquezas, no consumo mais consciente, no combate à pobreza e na estruturação de um Estado que equaciona melhor a inovação tecnológica com a valorização do trabalho. Mas, principalmente, trazer a centralidade ambiental para esta relação.
A qualidade de vida das pessoas passa pelo equilíbrio saudável entre desenvolvimento tecnológico, supressão das necessidades socioemocionais dos trabalhadores e um meio ambiente que nos oferte o bem viver. Um modelo econômico verde, que concilia o uso sustentável dos recursos naturais com o bem estar social.
Sobre esse tema há grandes estudos que projetam o quanto investimentos em economia de baixo carbono podem fazer o Brasil ingressar no novo modelo econômico mais sustentável, mais verde e preocupado com as gerações futuras. O que mostra que o país tem plena capacidade de reduzir a pobreza e a desigualdade por meio de uma economia verde. Economia esta que contribui para o cumprimento de metas econômicas, protege o Brasil de futuras pandemias e de problemas climáticos
Está mais do que na hora de pautarmos um amplo debate sobre um modelo econômico novo, bem mais condizente com esta nova era. O PV é um partido necessário e defende que esta é uma bandeira que deve ser de todos.