Uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR) pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia foi apresentada pela vereadora Erika Hilton (PSOL-SP). O ofício afirma que o chefe do Executivo tenha cometido o crime de homofobia.
A notícia se refere a discurso feito pelo presidente num evento evangélico no interior do Maranhão, em Imperatriz, nesta quarta-feira, 13. “Nós queremos é que o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda”, sugeriu o presidente. “A Mariazinha seja Maria a vida toda”, além de reforçar o conceito defendido por ele como único modelo de família: “homem, mulher”.
“Associa membros da comunidade LGBTQIA+ ao erro, à perversão e à prática de comportamentos negativos e desagradáveis à sociedade” diz o texto, de Erika Hilton (PSOL-SP).
Hilton também afirma que as falas do presidente têm potencial de “discriminação e ao preconceito” pelo seu cargo de alto valor na sociedade. “Apontam com desdém e desrespeito a existência de pessoas com orientação sexual e identidade de gênero distintas do padrão heteronormativo”, diz. A peça defende que Bolsonaro cometeu graves violações à legislação penal.
Augusto Aras, procurador da República, vai analisar a partir das provas anexadas na notícia-crime, se há motivos suficientes para abrir uma investigação. Rosa Weber determinou 15 dias para que a PGR conclua o pedido de abertura do inquérito criminal.
As informações são do Estadão.